Venho falar hoje de uma febre da saúde integrativa e funcional. Falo de algo que ganhou popularidade (ainda bem).
Eu já sou adepto há muitos anos e sinto ser importante partilhar esses conhecimentos aqui com você. Até porque, por mais que seja uma moda que faz bem à saúde, é preciso que você tenha alguns cuidados. Bom, para você que ainda não está familiarizado com o assunto, explico: falo dos óleos essenciais.
Óleo essencial é o extrato concentrado de uma ou mais partes da planta, a depender do tipo de que estamos falando. Pode ser um concentrado das flores, das raízes ou das folhas, por exemplo.
Muitas vezes, para conseguirmos uma pequena quantidade de óleo essencial, é preciso contar com toneladas da matéria-prima vegetal. Por isso, eles são tão potentes.
Muitas vezes, para conseguirmos uma pequena quantidade de óleo essencial, é preciso contar com toneladas da matéria-prima vegetal. Por isso, eles são tão potentes.
E como eles agem? Acontece da seguinte forma: quando você inala profundamente o óleo essencial, os componentes aromáticos são processados pelo sistema olfativo no cérebro, através dos nervos olfatórios.
Estes nervos, por sua vez, estão conectados ao nosso sistema límbico, parte do cérebro que cuida das nossas emoções, comportamentos e memórias de longo prazo.
Estes nervos, por sua vez, estão conectados ao nosso sistema límbico, parte do cérebro que cuida das nossas emoções, comportamentos e memórias de longo prazo.
E a resposta do sistema límbico ao aroma dos óleos essenciais costuma ser revigorante, como quando precisamos de uma dose extra de energia, ou apenas calmante e relaxante, ideal para frear uma reação de ansiedade, por exemplo.
Em geral os óleos são antioxidantes e também contribuem para a imunidade.
Um exemplo?
Por contar com efeitos antimicrobianos, ele é uma boa opção para tratar algumas infecções, inclusive as fúngicas.
Um estudo publicado em 2012 no Biological & Pharmaceutical Bulletin mostrou que um dos principais componentes do óleo de melaleuca, o terpinen-4-ol, é capaz de diminuir a reprodução de células do fungo C. Albicans, responsável pela candidíase.
Em casos de fungos resistentes, o óleo de melaleuca foi ainda mais eficaz que o medicamento fluconazol, comumente prescrito para casos de candidíase em mulheres.
Outra forma dos óleos essenciais ajudarem seu organismo é por uma ação anti-inflamatória.
Veja, a inflamação, na medida certa, é até boa.
Mas quando se torna constante, pode desencadear algumas das doenças crônicas mais comuns da atualidade, como hipertensão, obesidade, Alzheimer...
Por isso, é muito comum que a doença, seja ela qual for, apresente marcadores inflamatórios em alta nos bastidores.
Não se trata de dizer que a inflamação nunca é bem-vinda. Ela faz, sim, parte do nosso sistema de defesa.
O problema surge quando o interruptor não desliga, o que te mantém inflamado o tempo todo.
E nesse caso, existe um óleo essencial com importante ação anti-inflamatória, que não traz efeitos colaterais.
Um dos exemplos é o óleo de copaíba, extraído de uma árvore de tronco avermelhado e fruto exótico, conhecida pelos indígenas como "árvore milagrosa".
Para você ter ideia, dê uma olhada neste estudo de 2014 da Universidade Federal de Juiz de Fora, em parceria com a USP.
Pesquisadores avaliaram os efeitos da resina de óleo de copaíba em ratos com esclerose múltipla.
Eles descobriram que o tratamento com óleo de copaíba fez duas coisas:
Diminuição da produção de algumas moléculas associadas à inflamação;
Diminuição da quantidade de radicais livres;
Lembre-se aqui que estudos com ativos em humanos antes passam pela aplicação em ratos devido à aplicabilidade semelhante em termos de sistemas corpóreos.
Agora, uma dica sábia de quem já viu muito óleo de verdade e óleo de mentira por aí: por serem extremamente concentrados, os óleos essenciais PUROS costumam ser muito potentes.
Por isso, compartilho 4 dicas para escolher o melhor óleo para você:
Certifique-se de que o óleo essencial escolhido é de qualidade, e não uma mistura de essências aromáticas;
Dê preferência a óleos essenciais com alto grau de pureza. Estes devem ter o Certificado de Pureza Testada e Garantida (CPTG);
Analise as propriedades terapêuticas do óleo essencial e escolha aquele que for mais indicado para a sua necessidade;
Siga as recomendações do fabricante para a aplicação do óleo.
Gosto de reforçar que a boa saúde não se baseia apenas em uma ou outra medida exclusiva.
São diferentes ações que nos permitem viver com mais qualidade e prevenir a queda da imunidade.
Os óleos essenciais são apenas um exemplo do que você pode fazer aí na sua casa, desde já.
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