14 junho 2014

Glandula TIMO- A chave da imunidade e da energia vital. (Parte 2)

Do grego, Thymus, significa energia vital. O timo situa-se na porção superior do mediastino
 anterior. Limita-se, superiormente, com a traquéia, a veia jugular interna e a artéria carótida
 comum. Lateralmente, com os pulmões, e inferior e posteriormente com o coração. Sua cor é
 variável. Vermelha no feto, branco-acinzentada nos primeiros anos de vida e, depois,

amarelada. O timo, plenamente desenvolvido, é de formato piramidal, encapsulado e formado
por dois lobos fundidos. 
Por ocasião do nascimento pesa de 10 a 35g e continua crescendo de tamanho até a 
puberdade, 15 anos, quando alcança um peso ximo de 20 a 50g. Daí por diante sofre 
atrofia progressiva e passa a pesar pouco mais de 5 a 15g no idoso. O ritmo de crescimento 
tímico na criança e de involução no adulto é extremamente variável e, portanto, difícil 
determinar o peso apropriado para a idade. Contudo, o timo continua a exercer sua função 
protetora, com a produção complementar de anticorpos, mesmo que nesse período seu 
desempenho já não seja vital, pois há uma compensação pela proteção imunológica conferida 
pelo baço e nodos linfáticos, ainda imaturos nos recém-nascidos.

Timo e os Linfócitos T

Externamente, o timo é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo, de onde partem 
septos que dividem o órgão em numerosos lóbulos. Cada lóbulo apresenta uma capa, o 
córtex, que é mais escura, e uma polpa interior, a medula, que é mais clara. Tanto a zona
 cortical quanto a medular apresentam células de estrutura epitelial misturadas com um
 grande número de linfócitos T e, ocasionalmente, células B e macrófagos.
 Em termos fisiológicos, o timo elabora uma substância, a timosina, que mantém e promove a
 maturação de linfócitos e órgãos linfóides como o baço e os linfonodos. Reconhece-se, ainda, a 
existência de uma ou outra substância, como a timina, que exerce função na placa mioneural
 (junção de nervos com músculos) e, portanto, nos estímulos neurais e periféricos, sendo 
responsável por doenças musculares.


Linfócitos B- O exército combatente

As células do sistema imunológico formam um forte exército, cujos principais elementos são 
linfócitos. Os linfócitos B ou células B são células que produzem anticorpos circulantes. Os
anticorpos são pequenas proteínas, membros da família das imunoglobulinas, que atacam 
bactérias, vírus e outros invasores externos (antígenos).
Os anticorpos se "encaixam" às moléculas de antígeno que atacam como uma chave que se 
ajusta à fechadura. Cada anticorpo ataca apenas um tipo de antígeno. Por exemplo, um vai
 atacar o vírus do resfriado, enquanto o outro ataca uma bactéria, e cada linfócito B produz
 apenas um tipo de anticorpo para cada epítopo ( epítopo = parte do antígeno que é capaz de 
estimular a produção de anticorpos específicos contra ele).

As células T - patrulheiras- "Natural Killers
Os linfócitos T ou células T não produzem anticorpos. Essas células atacam o invasores 
externos ou trabalham junto com outras células que o fazem ("T "vem do Timo, onde essas
 células se desenvolvem).
Os vários grupos de células T possuem diferentes funções : as células T citotóxicas, junto com
o utras células sangüíneas citotóxicas naturais (NK - Natural Killer) patrulham
 constantemente o organismo em busca de células perigosas. Quando encontram essas células
 T "associam-se" às células invasoras e liberam substâncias químicas microscópicas que as
 destroem. Cada célula T citotóxica, assim como cada anticorpo, ataca apenas um alvo muito
 específico. Alguns atacam células que foram infectadas por vírus, outros atacam células
 cancerosas e alguns atacam tecidos e órgãos transplantados. 
Cada célula citotóxica natural (NK), por sua vez, tem uma ampla gama de alvos e pode atacar 
tanto células tumorais quanto uma variedade de micróbios infecciosos. Dois outros tipos de
 células T, chamada de células T "auxiliar ou LT-helper" e "supressores" são especialmente 
importantes devido aos seus efeitos regulatórios sobre o sistema imunológico.
As células T auxiliares ajudam os linfócitos B a produzir anticorpos, enquanto as células T 
supressores desativam a ação das células T auxiliares quando o número de anticorpos 
produzidos é suficiente. Essas células comunicam-se entre si produzindo interferons,
interleucinas e outros mensageiros químicos que governam a atividade das células do sistema 
imunológico. A proporção entre células auxiliares/supressores deve ser equilibrada para a
 saúde do organismo.

Mente x sistema imunológico

Os linfócitos T e B têm receptores na superfície de suas células que podem acionar, dirigir e
 modificar suas funções imunológicas. Esses receptores são a base molecular da influência da 
mente nos linfócitos. Os receptores são como fechaduras que podem ser abertas para acionar
 as atividades de cada célula. As chaves que abrem essas fechaduras são as moléculas
 mensageiras da mente-corpo: os neurotransmissores do sistema-nervoso autônomo, os
 hormônios do sistema endócrino e os imunotransmissores do sistema imunológico.

A Timosina

A timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalâmicos
 hipofisário-suprarrenal e das gônadas. O sistema nervoso seria capaz de alterar o curso da 
imunidade via caminhos autônomo e neuroendócrino. 
Alguns trabalhos concluem que os humanos podem treinar a si mesmos para facilitar seus 
processos de cura interna mente-corpo.


Estresse e diminuição da vigilancia imunológica do organismo
Qualquer forma de estresse resultante de uma significativa mudança de vida (ex: a morte de 
um membro da família, mudança de emprego, mudança de família, etc.) pode ativar o eixo
 cortical-hipotalâmico-suprarrenal para produzir os corticoesteróides que suprimem o sistema 
de vigilância imunológica (lembrando que os corticóides atuam no núcleo das células
 retardando a multiplicação celular e isso impede a expansão clonal leucocitária).
Em resposta à mudança estressante de vida observa-se uma diminuição na atividade das 
células NK (Natural Killer), exterminadoras naturais. A boa habilidade em lidar com desafios
(poucos sintomas diante de um considerável estresse) está associada com uma alta atividade 
celular NK exterminadora natural.

EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS PARA O TIMO


Exercício 1 (estimulação do Timo)
♦ Fazer pequenas “batidinhas’ com a polpa dos dedos no
 esterno (localizado
 aproximadamente a 2 dedos abaixo da clavícula). 
Faça estas “batidinhas” ao redor desta região, explorando e
 sentindo estas vibrações. Sinta o aquecimento produzido nesta
 região.




Exercício 2 (Abraçar o ombro)
♦ Em pé, tronco ereto, com o braço direito “abrace” o ombro
 esquerdo [ver fig.].



♦ Coloque a mão um pouco abaixo do ombro esquerdo e vá
 “caminhando” com os dedos em direção à escápula esquerda
 o máximo que puder. Faça o mesmo com o braço esquerdo.
Sinta a presença do Timo.



Exercício 3 (Contraindo e expandindo o Timo)
♦ De pé, braços soltos ao longo do corpo, volte as palmas das
 mãos para fora e girando os braços, una o dorso das mãos em 
frente ao abdômen e expire todo o ar dos pulmões.



♦ A seguir, desfaça a posição e abrindo os braços leve-os para
 trás, abrindo o peito e inspirando. Abra os braços até que as
 palmas das mãos se encontrem atrás [nas costas], e se unam 
na altura do osso sacro.

Faça algumas vezes este movimento.



Exercício 4 (Mãos na nuca e cotovelos abertos)
♦ Erga os braços e coloque as mãos entrelaçadas sobre a 
nuca, os cotovelos abertos. Abra o peito inspirando e levando
 os cotovelos para trás, sem tirar as mãos da nuca.

♦ Sinta a expansão produzida por este movimento simples,
permita-se saborear a sensação de espaço, liberdade,
desobstrução.

♦ Ao expirar, junte os cotovelos à frente suavemente. Coloque 
sua atenção no timo. Faça algumas vezes.
Quando perceber que alguém próximo a você se encontra acabrunhado, 
comprimido por problemas, aconselhe este movimento.


Finalização (Garras de urso e movimento da gangorra)

♦ Enganche suas mãos [como garras de urso] em frente ao peito. Abra bem os braços 
deixando-os paralelos ao peito


♦ Inicie um movimento com os cotovelos, levando um em direção ao “Céu” (pra cima) e outro 
em direção à “Terra” (pra baixo). Eleve primeiro o cotovelo direito (o esquerdo desce em
 direção à Terra), depois suba o esquerdo (lembra uma gangorra) e o direito desce em 
direção à Terra.

♦ Faça com os músculos das costas relaxados, não aplique força. Não permita nenhuma 
tensão muscular.
 Estimule o timo o máximo que puder, faça amizade com esta glândula. Ela produz alegria e
 dependemos dela para equilibrar o sistema imunológico.

Fonte: http://www.ogrupo.org.br/glandula_timo.asp

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