"Deveríamos ser capazes de recusar-nos a viver se o preço da vida é a tortura de seres sensíveis."
(Mahatma Gandhi)
(Mahatma Gandhi)

"Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade." Albert Einstein (1879 - 1955)
Implicações Ecológicas
Quase a metade da massa de terra do planeta é utilizada como pastagem para gado e outras criações. Aproximadamente 80% de todo o desmatamento e desaparecimento de florestas, no globo inteiro, deve-se à pecuária. No Brasil, as pastagens ocupam aproximadamente 250 milhões de hectares (cerca de 30% do país); deste total, cerca de 30% está na Amazônia - 75 milhões de hectares. Se não houver redução em pelo menos 20% do consumo de carne bovina no Brasil, até 2020 não existirá mais Mata Atlântica. Além da questão dos desmatamentos, os dejetos dos animais contaminam rios, lagos e represas, os bovinos compactam o solo, causando erosão, impedindo infiltração de água, além dos ruminantes enviarem metano para a atmosfera, gás que responde por 16% das emissões do efeito estufa e que é aproximadamente 23 vezes mais eficaz para aquecer o planeta que o gás carbônico. Entretanto, este quadro pode ser modificado com o apoio ao vegetarianismo.
Ética Planetária e Valores Espirituais
Vários motivos e às vezes mais de um desperta o ser para a alimentação sem carnes animais. Existem razões sentimentais, morais e éticas que prezam o respeito à vida dos animais para a existência de um mundo sem sofrimento e com amplificação do amor. Também é dito que o cérebro que contém proteína animal é incapaz de compreender certas informações e conteúdos espirituais. A cadeia alimentar ensinada nas escolas não faz sentido diante do argumento de que as normas não vêm de baixo para cima, ou seja, não vêm do animal para o ser humano - não é porque um animal come outro, que o humano deve ser assim - mas emanam daquilo que é superior aos instintos animais. Além disso, a questão de haver carnivorismo dentre os animais é apontada na literatura espiritual como sendo resultado de um desvirtuamento passado.
"Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem."
Leonardo da Vinci (1452 - 1519)
Razões filosófico-religiosas
A carne não é um alimento que favoreça a harmonia e a paz e contém o sofrimento do animal no momento do abate. Vários movimentos filosófico-religiosos recomendam ou já praticam o vegetarianismo, como budistas, hinduístas, jainistas, adventistas, espíritas, cristãos, movimento essênio biogênico, seicho-no-ie, vegans, rosa-cruzes, entre muitos outros. Na Bíblia cristã, no livro do Gênesis, capítulo 1, encontra-se escrito: "Eu dou a vocês todas as árvores frutíferas para alimento. E dou todo capim e toda erva aos animais e às aves para alimento deles." Continua no capítulo 9: " A carne porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis."
Questões sociais
A solução para o problema da fome apóia-se no vegetarianismo, já que é alarmante o fato de que 80 a 90 % de todo cereal nobre produzido no mundo, especialmente o milho e a soja, sejam usados para alimentação de gado de corte. Esclarecem alguns cientistas que, se a população mundial fosse vegetariana, seria possível evitar a reprodução forçada de milhões de animais, que são engordados com o alimento que pessoas famintas poderiam estar comendo. Também seria evitado o assassínio destes. Disse o senhor Buda: "Feliz seria a terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e só ingerissem alimentos que não implicam derramamento de sangue. Os dourados grãos, os reluzentes frutos e as saborosas ervas que nascem para todos bastariam para alimentar e dar fartura ao mundo."
Saúde Plena
As implicações para a saúde são vastas, e não é por acaso que Hipócrates, o pai da medicina, era vegetariano. O consumo de carne associa-se com uma série de doenças, enquanto que as populações vegetarianas apresentam uma incidência muito menor de diversas delas. Durante a primeira guerra mundial, os dinamarqueses, impossibilitados de importar qualquer produto, suspenderam a comercialização de carne e utilizaram toda produção de grãos antes destinados ao gado, na alimentação humana. Foi uma experiência de vegetarianismo envolvendo mais de 3 milhões de pessoas que, além de comprovar que o problema da fome no mundo está relacionado com alimentação com carne, registrou a menor incidência de mortes por doença na história do país, 34% a menos que a média dos dezoito anos anteriores. A gordura animal presente na carne, leite e ovos tende a aumentar o índice de colesterol no sangue. As populações vegetarianas apresentam menores índices de doenças cardiovasculares e redução nos níveis de pressão arterial. O número de mortes por ataque cardíaco e trombose cerebral muitas vezes está relacionado com a ingestão de produtos de origem animal, principal fonte de colesterol, pela população. Durante a segunda guerra, a Noruega diminuiu para quase zero a disponibilidade de carne para consumo, ocorrendo uma queda de mortalidade por doenças circulatórias em índices nunca antes atingidos. Com a retomada do consumo de carne ao término da guerra, a incidência retomou aos níveis anteriores. Vários estudos apontam a carne, leite e ovos como facilitadores de doenças como diabetes, obesidade, constipações intestinais, doenças da vesícula biliar, reumatismo, gota, câncer, cardiopatias, osteoporose, artrite, anemia, asma, salmonelose e hipertensão. Os estudos de revisão de literatura científica demonstram uma associação direta entre o surgimento de câncer de intestino grosso com o consumo de carne. Outras doenças também estão em investigação Outra idéia que se convencionou considerar verdadeira é de que o leite é importante para aquisição de cálcio pelo organismo e que quem ingerisse bastante cálcio não teria problemas de estrutura óssea. Apesar do leite poder ser considerado uma boa fonte de cálcio, cerca de 70% da população mundial apresenta algum grau de intolerância à lactose, o que dificulta seu uso como fonte de cálcio dietético. Os trabalhos que avaliaram a relação entre o consumo de cálcio e a prevalência de osteoporose em populações demonstraram que o leite não confere efeito protetor contra esta.
Energia e Vitalidade
Resta dizer que as carnes não são alimentos de força; este é um erro espalhado que urge ser desfeito. Alimentos energéticos são os carboidratos e as gorduras. O que acontece é que a carne é um alimento excitante muito forte, equiparável ao álcool, devido às substâncias tóxicas dela provenientes. A sensação de vigor é esgotante, o que faz reclamar mais excitantes (álcool, açúcar, mais carne, etc.). Há a aparência de vigor devido à excitação e cria-se um apetite enganador, repelindo alimentos suaves. Estes fatos explicam a depressão inicial naqueles que abandonam o uso de carne. De acordo com Steiner (2001), "a vantagem do modo de vida vegetariano é tornar-nos no fundo mais fortes, pois as forças que de outro modo permaneceriam incultas dentro do organismo, sendo na verdade as mesmas que provocam a gota, o reumatismo, a diabetes, etc., são retiradas dele". Dando um salto quântico, cabe ainda aqui o relato de um jovem que vive de luz/prana, que menciona que quando abandonou os alimentos começou a ter tanta energia de sobra, que o caminho que antes fazia caminhando do ponto de ônibus até sua casa, passou a ser percorrido correndo e ele entrou para a equipe de atletismo de sua escola (OBERON, 2004).
Citações
"Eu não sou vegetariano por mim, mas sim pelos animais." (Peter Singer, Libertação Animal)




"Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente". (George Bernard Shaw)

















"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes". (Albert Schweitzer - Prêmio Nobel da Paz em 1952)





"O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo". (Émile Zola)
Bibliografia
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Atenciosamente e com gratidão,
Tatiana Regina Sandy Reis
Cirurgiã-Dentista Especialista em Agricultura Orgânica/Biodinâmica Integrante do Colegiado da Agenda 21 Local Membro do Conselho Municipal de Conservação e Defesa Ambiental - Codema Presidente da Associação Ipê Associação Ipê Rua Carajás, 115, B. Rezende, Varginha - MG, Cep 37062.240, Tel: (35) 3222-3070associacaoipe@gmail.com
http://www.mapa.org.br/webforms/relatorio/organizacao/secao1.aspx?IDORG=600811
parabéns.......queria que todos tivessem essa consciência.
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