30 março 2013

Veneno Branco.


Dr. Márcio Bontempo

A cerca de 300 anos atrás a humanidade não usava aditivos doces na sua dieta ordinária. Os povos antigos, civilizações passadas, brilhantes exércitos não conheciam o famoso aditivo doce. O mel era usado eventualmente, mais como remédio. Este processo histórico prova que o açúcar branco é desnecessário como alimento. Foi só a partir dos dois últimos séculos que o açúcar começou a ser produzido e consumido de forma cada vez mais intensa. Com a sofisticação da técnica, purificou-se mais ainda o açúcar de cana retirando-se dele apenas a sacarose branca. Hoje somos uma civilização, consumidora de milhares de toneladas diárias de açúcar.
O açúcar branco é o resultado de um processamento químico que retira da garapa a sacarose branca e adiciona produtos químicos – desconhecidos em sua maioria –, sendo que aditivos como clarificantes, antiumectantes, precipitadores e conservantes pertencem a grupos químicos sintéticos muitas vezes cancerígenos e sempre danosos à saúde. Devemos considera-lo como um produto quimicamente ativo, pois, sendo o resultado de uma síntese química e um produto concentrado. Quando são retiradas da garapa e do mascavo suas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas etc., resta apenas o carboidrato, pobre, isolado, razão pela qual devemos considerar o açúcar como um produto químico e não um alimento.

O corpo humano não necessita de açúcar branco.

O que é realmente necessário é a glicose, ou seja, a menor partícula glicídica dos carboidratos. A glicose, por sua vez, é importante para o metabolismo, pois produz energia ao ser “queimada”. Embora se diga que “açúcar é energia”, sabemos bem que a citação é apenas modesta, pois, na verdade, deveríamos dizer que “açúcar é superabundância de energia química concentrada” e eis aí o problema: açúcar é sempre excesso de energia, além das necessidades reais, e este excesso tende a depositar-se, a exigir trabalho orgânico extra, a diminuir o tempo de vida, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a “estorvo” metabólico.
Outro fato importante é que, ao consumir um produto extremamente concentrado, isolado, exigiremos do organismo uma complementação química. Por exemplo, vai exigir muito cálcio e magnésio do metabolismo e das reservas; ele “rouba” os nossos depósitos de um modo diretamente proporcional a quantidade ingerida. Podemos dizer então que o açúcar é descalcificante, desmineralizante, desvitaminizante e empobrecedor metabólico. Açúcar não é “alimento”, mas um poderoso “antinutriente”, um grande ladrão.
Razão pela qual Willian Dufty, em seu mais que consagrado livro sobre o açúcar, o “Sugar Blues”, considera-o como uma “droga doce e viciante que dissolve os dentes e os ossos de toda uma civilização”. Seus efeitos nunca são imediatos, mas lentos, acumulativos, insidiosos, drenando a saúde aos poucos.

O consumo da droga doce vem aumentando nos últimos anos. Se levarmos em conta que não necessitamos de açúcar, tudo o que se consome é excessivo, supérfluo, além do que o corpo precisa. Lembramos que 100 por cento dos carboidratos (farinhas, cereais, açúcar das frutas, etc.) transformam-se em glicose, 60 por cento das carnes ingeridas e até mesmo 15 por cento das gorduras e óleos também se convertem em glicose; é assim que normalmente mantemos as necessidades bioquímicas do corpo. Isso explica por que povos antigos não necessitavam de açúcar extra. Se julgarmos que açúcar é essencial, então devemos ter como certo que cada viking, mongol, huno, árabe, grego ou romano deveria consumir cerca de 300gr por dia de um açúcar que naquelas épocas absolutamente não existia.
Os conhecimentos e conceitos científicos, principalmente em nutrição, têm sido manipulados, truncados e adulterados. Devemos entender que a alimentação comum, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes de glicose que são armazenadas no fígado sob a forma de glicogênio; em situações de necessidade essas reservas de energia são mobilizadas e entram na circulação sanguínea.
Hoje, ingerimos mais “energia” do que precisamos. Paradoxalmente, quem come muito açúcar fica dependente organicamente do mesmo e tende a ter menos força. Grandes consumidores de açúcar geralmente são fracos, astênicos, que não podem fazer quase nada sem usar um pouco de doce.

Aqui, num dos maiores produtores de açúcar do mundo, (Brasil) consomem-se cerca de 200 g por dia – por pessoa, o que é pouco comparado aos EUA: 400 g em média, por dia. É claro que somos obrigados a falar em termos de média de consumo, pois existem aqueles que não usam nada, até grandes viciados que usam perto de 1000 g diárias e até mais.
Mas um povo como o nosso, usando 200 g diárias per capita consome cerca de seis quilos por mês, o que admite 72 quilos por ano, e tudo isso além das necessidades metabólicas, geralmente ingeridos por puro “prazer”, ou seja: docinhos, chocolates, sorvetes, tortas, pudins, sucos ultra-açúcarados etc. Isso nos leva a consumir quase uma tonelada do pó branco em cada dez anos de vida. Então um homem de 35 anos geralmente fez passar pelo seu sangue, até hoje, cerca de três toneladas de açúcar. Perguntamos se, sinceramente, as autoridades e os profissionais ligados à saúde acham que tal abuso não causa dano algum.

Açúcar Branco Como Causa de Câncer e Doenças Modernas

Sabemos bem que o açúcar é o principal representante da alimentação industrializada moderna. Temos consciência de que 85 por cento das doenças modernas são provocadas pela poluição alimentar e por uma nutrição desequilibrada. Por ser considerado então como um produto antibiológico, ou antivida”, ele está diretamente ligado à causa ou à colaboração para o surgimento de várias doenças, como a arteriosclerose, o câncer, a leucemias, o diabetes, as varizes, as enxaquecas, as distonias neuro-vegetativas, insônia, asma, bronquite, distúrbios menstruais, infecções, pressão alta, prisão de ventre, diarréias crônicas, perturbações e doenças visuais, problemas de pele, distúrbios glandulares, anomalias digestivas variadas, cáries dentárias, problemas de crescimento, osteoporose, ossos fracos, doenças do colágeno, doenças de auto-agressão etc.
Podemos considerar também o açúcar como cancerizante, pois é imunodepressor, quer dizer, faz diminuir a capacidade do organismo quanto às suas defesas e principalmente por eliminar o importante íon magnésio, devido à forma excessiva como é consumido hoje.

A incidência do câncer de mama pode variar consideravelmente de um país para outro. Muito rara no Japão, por exemplo, a doença torna-se comum entre as japonesas que imigram para os Estados Unidos. Depois de estudar diversos fatores que explicassem o fenômeno, os cientistas Stephen Seely, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, e D. F. Horrobin, do Instituto e Pesquisa Efamol, de Kentville, no Canadá, concentram suas atenções num deles, a alimentação – e, em artigo publicado na última edição da revista inglesa New Scientist, levantaram a hipótese de que uma das causas do câncer de mama possa ser o açúcar.
Seely e Horrobin compararam os índices de consumo per capita de açúcar e as taxas de mortalidade por câncer de mama em vinte dos países mais ricos do mundo. Revelou-se que as nações que mais comem açúcar são exatamente as que apresentam mais óbitos – por ordem decrescente, a Grã-Bretanha, a Holanda, a Irlanda, a Dinamarca e o Canadá.

Os cientistas avançam uma explicação para as propriedades cancerígenas das sobremesas. Uma parte da glicose contida no açúcar – cerca de 30 por cento – vai direto para a corrente sanguínea.
Para fazer face e esse súbito aumento da taxa de glicose no sangue, o pâncreas produz mais insulina, o hormônio encarregado de queimar açúcar. O tecido mamário depende desse hormônio para crescer. O mesmo acontece com as células do câncer de mama. Seely e Horrobin supõem que a inundação do seio pela insulina, em seguida à ingestão de açúcar, criaria assim as condições ideais para o surgimento do tumor.

Açúcar Como Fator Principal da Hipoglicemia e Diabetes

Um dos efeitos mais diretos dos excessos de consumo do açúcar é a hipoglicemia, ou seja, falta de açúcar no sangue. Hipoglicemia é um distúrbio que se manifesta sob variadas formas, determinando mais comumente langor, fraqueza, sensação de desmaio iminente, vertigens, tonturas, prostração, angústia, depressão, palpitação cardíaca, sudorese, sensação de irrealidade etc. A depressão provocada é variável, dependendo do indivíduo, podendo ser ausente ou fraca ou até mesmo extremamente forte, incapacitante.
Sabemos que muitas pessoas são tratadas pela psiquiatria e até internadas por depressão, cuja única origem é hipoglicemia, ou falta de açúcar em demasia, e se pesquisarmos, grande parte desses pacientes usa muito açúcar. O mecanismo é muito simples: ao consumirmos açúcar em demasia, o organismo, através das células beta das ilhotas de Langherhans do pâncreas, produz muita insulina, que é o hormônio responsável pela “queima” da glicose do sangue. Ora, quanto mais açúcar é consumido, mais insulina é produzida.
Com o tempo, e com o consumo continuado, o pâncreas produz mais insulina do que o necessário, pois a sua liberação depende da avaliação da intensidade de estímulos gástricos e da dosagem de glicose proveniente do sistema porta e hepático. Um pouco mais de insulina determina queima a mais de glicose, gerando falta.

O nosso organismo dispõe de um sistema de regulagem que mantém entre 70 e 110 mg de glicose em cada 100 ml de sangue. Mais insulina do que o normal vai produzir uma queda destes níveis, determinando hipoglicemia. O cérebro é o órgão mais diretamente afetado com isso, daí os mais freqüentes sintomas de depressão, tremores, agitação. O tratamento em caso de hipoglicemia é o primeiro uma boa avaliação e depois diminuição lenta do consumo de açúcar, paralelo a uma dieta bem apropriada. Quase é necessário acompanhamento médico abalizado.
A evolução natural da hipoglicemia, embora muito variável, é o diabetes. Dependendo de uma série de fatores o pâncreas pode entrar em “cansaço” após anos de produção excessiva de insulina; ele começa a produzir menos do que o necessário e como resultado começam a aumentar no sangue os níveis de açúcar, determinando uma hiperglicemia. Nesta situação os sintomas já são completamente diferentes da hipoglicemia. Aqui o paciente não sente nada, a não ser muita sede, muita vontade de urinar e talvez muita fome. O açúcar circulante começa a ser depositado e os problemas do diabetes vão surgindo.

Parece-nos importante que antes de pesquisar um vírus como causa do diabetes, que se compreenda a importância do excesso de consumo de açúcar como gênese mais direta da doença, talvez devido ao enfraquecimento biológico-imunológico que permita a penetração de um vírus. A verdade é que as estatísticas e os estudos de médicos integralistas apontam que diabéticos comuns consumiram muito doce e que diabéticos insulino-dependentes tiveram parentes que o faziam ou eram já diabéticos. Dados oficiais já apontam hoje que perto de 30 por cento da população do 1° mundo é pré-diabética e hoje cresce o número de diabéticos no mundo.

O Açúcar Branco é Apontado Como Principal Causa da Diminuição da Resistência às Infecções, Subnutrição e Morte no Terceiro Mundo

Existe muita preocupação na diminuição da mortalidade infantil no Terceiro Mundo, onde impera a desnutrição, a diarréia, e as doenças carenciais. Porém não se tem prestado atenção à presença do açúcar como fator desmineralizante e desvitaminizante, usado em abundância na dieta das crianças nos países subdesenvolvidos. Vários estudos têm mostrado que a quantidade de proteínas na dieta desses povos é freqüentemente próxima daquela apontada pela FAQ como básica para o desenvolvimento e crescimento (0,635 g por quilo de peso por dia além dos dois anos de idade). Então acredita-se que a causa dos problemas relacionados com essas crianças seria devido à má higiene, a agentes vetoriais de doenças, verminose, falta de saneamento básico, leite materno fraco etc. Estes são estudos mais modernos, pois até agora coloca-se que a falta de proteínas na alimentação é causa determinante.
Califórnia, cientistas da Escola de Odontologia da Universidade de Loma Linda provaram que o poder bactericida dos leucócitos (capacidade das células de defesa destruírem bactérias) diminui muito quanto mais alta a taxa de açúcar no organismo.
A célula de defesa de uma pessoa que não usa açúcar é capaz de destruir cerca de 14 bactérias invasoras, ao passo que se essa mesma pessoa ingerir 24 colherinhas rasas de açúcar branco o seu leucócito é capaz de destruir apenas uma bactéria.

Existem muitos livros hoje publicados que apontam a ação negativa do açúcar. Num interessante trabalho dos Drs. Wilder e Kay, denominado “Handbook of Nutrition” encontramos a seguinte citação: “O açúcar não supre coisa alguma à nutrição, apenas calorias. As vitaminas oriundas de ouros alimentos são erosadas pelo açúcar para poder liberar calorias”.
Apesar das inúmeras provas contra o açúcar como as apresentadas aqui, verificamos a continuidade de uma intensa propaganda aconselhando seu uso e, o que é pior, médicos mal-informados permitindo e incentivando o consumo do mesmo. Temos o exemplo do Dr. L. Rosenvold que, na pág. 22 do seu livro “Nutrition for life”, afirma o seguinte: O açúcar branco é um alimento quase ideal, barato, limpo, branco, portátil, imperecível, inadulterável, livre de germes, altamente nutritivo, completamente solúvel, totalmente digerível, não requer cozimento e não deixa resíduos. Seu único defeito é a sua perfeição. É tão puro que o homem não pode viver dele.”

Hoje existem toneladas de livros escritos sobre nutrição; qualquer um julga-se capaz de publicar algo no gênero.
O Dr. Rosenvold apontou apenas duas verdades na frase acima, que o açúcar é branco e portátil... O maior absurdo da sua citação é que o açúcar é altamente nutritivo”... Curioso é que o açúcar só tem glicose, sendo pobre em tudo o mais...

O Que Usar? Não Precisamos de Açúcar?

É necessário reaprender a sentir o sabor natural dos alimentos, sem acrescentar nada. Eventualmente poderemos usar mel ou açúcar natural de cana, o mascavo, em pequenas quantidades.
Percebemos que assim teremos até mais energia do que o normal, apenas por ter evitado desgastes excessivos com ingestão de superabundância de energia química. Apenas os cereais integrais, as frutas, o legumes etc. têm a capacidade de fornecer aquilo de que necessitamos. No caso de desportistas e pessoas que produzem desgaste físico, uma certa quantidade de mel pode ser usada sem problemas.
No caso de diabéticos e hipoglicêmicos, aconselhamos o acompanhamento médico para evitar problemas mais sérios, evitando inclusive orientadores naturistas e macrobióticos que não tenham conhecimentos e experiência em termos de bioquímica e fisiologia, fisiopatologia e clínica médica.

Para pessoas que não têm grandes problemas mas querem parar de consumir açúcar, sugerimos uma eliminação lenta, gradativa, porém consciente, de doces, refrigerantes, sorvetes etc., até adotar uma dieta mais natural e equilibrada. Aproveitamos para alertar que muitos alimentos industrializados e manipulados possuem açúcar, muitos dos quais nem imaginaríamos, como: pão branco comum, pão integral de supermercados, macarrão em pacotes, enlatados, carnes condicionadas, biscoito e bolachas salgadas etc.
Para aqueles que usam adoçantes artificiais, sacarina e ciclamatos, aconselhamos abolir o hábito imediatamente, pois representam produtos muito perigosos. Apesar da comprovação de que são substâncias cancerígenas, verbas astronômicas são gastas por laboratórios interessados em pesquisa do tipo: “Ainda não conseguimos provar que adoçantes sintéticos não produzem câncer”.

Em termos de história, relativamente recente, o homem aprendeu a obter açúcar bruto (mascavo e amarelo), e somente nas últimas décadas os países desenvolvidos começaram a produzir enormes quantidades (dez mil toneladas) de açúcar branco refinado, contendo 99,75 por cento de sacarose, tornando-o um reagente químico. Lado a lado com esta depuração houve um aumento no consumo de açúcar branco atingindo, nos países altamente desenvolvidos, 100/140 g diárias por pessoa.
Tornou-se tão letal, que o nutricionista britânico Dr. A. Yudtkrin batizou seu livro sobre o problema de açúcar “Puro, Branco e Mortal” enquanto o Dr. Hall, cientista canadense, intitulou seu capítulo sobre açúcar, “O Vilão – Açúcar Refinado”

22 março 2013

Consciência, o único "capital".




Maharaj freqüentemente aparece com a declaração de que a consciência seria o único ‘capital’ com o qual nasce um ser consciente. Isto, ele diz, é apenas a situação aparente. A situação real, contudo, é que o que nasce é a consciência, a qual necessita de um organismo para manifestar-se, e que este organismo é o corpo físico.

O que dá sensibilidade – capacidade para sentir sensações, para responder a estímulos – ao ser consciente? O que distingue uma pessoa que está viva daquela que está morta? Seria, certamente, o sentido de ser, o conhecimento de estar presente, consciência, o espírito vitalizador que anima a estrutura física do corpo.

É a consciência, sem dúvida, que se manifesta em formas individuais e dá a elas uma existência aparente. No ser humano, através de tal manifestação, surge o conceito de um eu separado. Em cada indivíduo, o Absoluto se reflete como Consciência, e, assim, a Consciência pura torna-se Consciência de si mesma, ou consciência.

O universo objetivo é um fluxo contínuo, constantemente projetando e dissolvendo inumeráveis formas. Sempre que uma forma é criada e a vida é infundida (Prana), a consciência (Chetana) surgirá, simultânea e automaticamente, pela reflexão da Consciência Absoluta na matéria. A consciência – isto deve ser claramente entendido – é um reflexo do Absoluto na superfície da matéria, produzindo um sentido de dualidade. Como diferente disto, a Consciência, o estado Absoluto, é sem início e fim, sem a necessidade de qualquer apoio a não ser ela mesma. A Consciência torna-se consciência apenas quando tem um objeto sobre o qual refletir-se. Entre a pura Consciência e a Consciência refletida como consciência, diz Maharaj, há um intervalo que a mente não pode cruzar. O reflexo do sol na gota de orvalho não é o sol!
A conciência manifesta é limitada pelo tempo, visto que desaparece logo que a estrutura física que habita chega ao fim. Todavia, de acordo com Maharaj, ela é o único ‘capital’ com o qual nasce um ser sensível. E a consciência manifesta, sendo sua única conexão com o Absoluto, torna-se o único instrumento pelo qual o ser sensível poderá esperar obter uma liberação ilusória do ‘indivíduo’ que acredita ser. Sendo um com sua consciência e tratando-a como seu Atma, seu Deus, ele poderá conquistar o que considera inacessível.
Qual a real substância desta consciência desperta? Obviamente, deve ser a matéria física, pois, na ausência da forma física, não poderá sobreviver. A consciência manifesta pode existir apenas enquanto sua residência, o corpo, for mantida sadia e em condição habitável. Embora a consciência seja um reflexo do Absoluto, ela é limitada pelo tempo e pode ser sustentada apenas pelo alimento material, incluindo os cinco elementos, o que o corpo físico é. A consciência reside em um corpo saudável e o abandona quando ele decai e está pronto para morrer. O reflexo do sol pode ser visto apenas em uma gota de orvalho limpa, não em uma enlameada.

Maharaj diz freqüentemente que nós podemos observar a natureza e funcionamento da consciência em nossa rotina diária de sono, sonho e vigília. No sono profundo, a consciência se retira para um estado de repouso, por assim dizer. Quando a consciência está ausente, não há nenhum sentido de existência ou presença de si mesmo, e menos ainda a existência do mundo e seus habitantes, ou de alguma idéia de escravidão ou liberação. Isto é assim porque o próprio conceito de “eu” está ausente. No estado de sonho, uma partícula de consciência começa a agitar-se – não se está ainda plenamente acordado – e então, em uma fração de segundo, naquela partícula de consciência, é criado um mundo inteiro de montanhas e vales, rios e lagos, cidades e vilas, com construções e pessoas de várias idades, incluindo o próprio sonhador. E, o que é mais importante, o sonhador não tem qualquer controle sobre o que as figuras sonhadas estão fazendo! Em outras palavras, um novo mundo vivo é criado em uma fração de segundo, fabricado como resultado da memória e da imaginação meramente por um simples movimento naquela partícula de consciência. Imagine, portanto, diz Maharaj, o extraordinário poder desta consciência, uma mera partícula que pode conter e projetar um universo inteiro. Quando o sonhador acorda, o mundo de sonhos e as figuras sonhadas desaparecem.

O que acontece quando o sono profundo e também o estado de sonho terminam, e a consciência aparece novamente? O sentimento imediato, então, é o da existência e presença, não de um ‘eu’, mas presença como tal. Logo, contudo, a mente assume e cria o ‘eu’ – conceito e consciência do corpo.

Maharaj diz-nos repetidamente que estamos tão acostumados a pensar de nós mesmos como corpos tendo consciência, que achamos muito difícil aceitar ou mesmo entender a situação real. Na realidade, é a consciência que manifesta a si mesma em inumeráveis corpos. É, portanto, essencial perceber que nascimento e morte são apenas o início e o fim de uma corrente de movimentos na consciência, os quais são interpretados como eventos no espaço e no tempo. Se pudéssemos entender isto, deveríamos também compreender que somos puro ser-Consciência-felicidade em nosso estado original imaculado, e, quando em contato com a consciência, somos apenas a testemunha dos (e totalmente separados) vários movimentos na consciência. Este é um fato evidente porque, obviamente, nós não podemos ser o que percebemos; o percebedor deve ser diferente do que ele percebe.


* Sri Nisargadatta Maharaj *
"Sinais do Absoluto"

20 março 2013

Arcturianos: Portais Estelares, uma limpeza central para os alinhamentos de alma galácticos.


Somos os Arcturianos e eu sou Julliano. 


Reconhecemos nosso profundo compromisso com a espiritualidade superior. E nossa espiritualidade tem conexão com uma freqüência muito refinada, que nos permite entrar num estado alterado, onde podemos experiênciar as outras dimensões.

Isso se relaciona com ser uma semente estelar. Existem no planeta Terra inúmeras maneiras de experienciar a iluminação, e aqueles que escolherem um caminho que não tenha relação com as sementes estelares podem não passar pela experiência de contatar os seres extradimensionais de outras dimensões bem mais superiores. Vocês são sementes estelares, luzes estelares que estão, constantemente, buscando extraterrestres com luz e freqüências superiores, que incluem a nós.
Não empregamos a palavra “extraterrestre” como vocês. Não somos classificados como “fora da Terra”. Estamos numa realidade dimensional mais pura e de uma clareza que vocês não conseguem experienciar. Preferíamos ser denominados seres extradimensionais. Não nos sentimos ofendidos, contudo por nos chamarem de extraterrestres.
A pureza e a clareza em nosso planeta são revigorantes e vocês, imediatamente, sentiriam a purificação caso viessem até nós. A bagagem extra em sua terceira dimensão seria, imediatamente, eliminada. Não há preocupações com a sobrevivência, por exemplo. Não há preocupações com a aposentadoria, pensões e trabalhos rotineiros
Essas questões não se incluem em nosso reino. Dedicamos nosso tempo e espaço à vida espiritual. Esta não é uma vida sem prazer; não se enganem. Dedicamo-nos à musica e aos relacionamentos. Dedicamo-nos ao trabalho, mas não rotineiro que sua cultura e sua sociedade esta habituada. É mais apropriado a nossos desejos e caminhos espirituais – algo que vocês estão buscando. A maioria de vocês quer saber qual é a sua missão.
Procuram descobrir que trabalho devem estar fazendo na Terra. Não estamos, necessariamente, nos referindo ao modo de vida no qual estão engajados. Sua missão, por outro lado, é um símbolo e sinal importante de sua luz estelar. Cada um tem uma freqüência especifica que permite a vocês se expressar numa missão. Nós entramos em sintonia com esse conceito muito cedo na infância, no desenvolvimento de nossos filhos de modo que possamos imediatamente fornecer o maior estímulo e orientação para aquela pessoa.
Isso elimina a competição. Não somos competitivos, pois somos treinados para perceber que cada um de nós tem uma freqüência única.
Vocês poderiam perguntar sobre nossa estrutura física e se necessitamos da força física. Em razão de nossos processos de raciocínio altamente desenvolvidos, podemos usar o teletransporte para nos deslocar e a telecinese para mover os objetos. Não precisamos nos esforçar fisicamente, ou melhor, usar força física. Nossos aspectos mentais são muito mais eficientes. Não precisamos fazer coisas pesadas. Nossa tecnologia é tão avançada, que podemos fazer com que qualquer coisa se torne leve e movê-las com facilidade usando somente a mente.
Vocês podem até sentir “movimento mental” na Terra quando há objetos de luz ao redor, tais como papel. Quando o vento sopra vocês sabem que o papel se move. Às vezes podem até estimular o vento vir, e isso deslocara o papel. Tal ação é um sinal de telecinese. Se vocês estão interessados em desenvolver suas capacidades de telecinese, bem como suas capacidades telepáticas, então sugiro que trabalhem com objetos bem leves nos estágios iniciais. Não vou garantir seu sucesso, pois não vocês foram treinados numa idade tenra para se ocupar desses processos da forma como nós fomos.
Sua entrada no portal estelar será a culminação de seu trabalho de ascensão. Quando entrarem, uma serie de câmaras de luz os auxiliarão na remoção das densidades e formas estruturais que seriam considerados fardos. A ascensão pode ser considerada uma aceleração e também um salto de vários processos, como um salto para frente. Isso pode ser comparado a saltar algumas etapas na escola. Vocês podem estar na oitava série e, então, derrepente estão no terceiro colegial, por exemplo.
Pode haver experiências na oitava série das quais vocês se beneficiaram plenamente, e essas experiências os impulsionou para se formarem o mais cedo possível, sem que tenham percebido. Da mesma maneira, quando vocês passam o portal estelar, vocês estarão no processo de aceleração e de pular uma série ou duas. Vocês podem estar pulando uma ou duas vidas.
Vocês estão numa situação em que precisarão avançar rapidamente. Idéias e densidades de encarnações anteriores que podem ainda estar em suas auras precisam ser removidas. Vocês precisarão ser limpos. A remoção não é tão simples como cortar alguma coisa fora. É verdade que vocês podem cortar os cordões de ligação com o plano da Terra; no entanto, vocês terão cicatrizes duradouras em seus campos de energia que precisarão ser purificados. Uma coisa é ter seu cordão de ligação cortados; outra é estar numa vibração total de cura que lhes permitirá entrar neste reino de quinta dimensão, o reino do portal estelar dos Arcturianos.
Portanto, o portal estelar é um, como uma câmara de cura, um portal de cura em que processaremos e ajudaremos vocês na purificação final.
Também os ajudaremos a atravessar o portal estelar de outra maneira. No sistema arcturiano, nossas crianças são educadas de uma maneira na qual incumbências combinam com sua missão. No portal estelar, podemos processar com vocês e aprender tanto sobre vocês que iríamos, somente ajudá-los em sua purificação e, podemos ir para a área apropriada da galáxia que esta alinhada com seu bem maior.
Especificamente, as câmaras de cura no portal estelar fornecem uma freqüência de luz de aceleração e purificação. As câmaras de cura no portal estelar também são capazes de elevar sua energia. Este portal estelar é onde vocês são capazes de enxergar muitos caminhos diferentes diante de si. Imaginem chegar a um lugar em que se entra por um caminho, mas no outro lado pode haver cem mil portais diferentes levando a diferentes áreas da galáxia. Vocês precisariam de auxilio para se alinhar com o portal correto. Quando atravessar um portal para o outro lado, vocês estão comprometidos com o processo que selecionaram. Por exemplo, se escolherem o portal para retornar à Terra, então virão para a Terra numa encarnação terrestre novamente. No entanto, vocês podem não querer fazer isso, podem querer sair da Terra permanentemente.
Vocês podem considerar o portal estelar como uma experiência. Quando estiverem no portal estelar, podemos ajudá-los a olhar para dentro dele. Vocês podem ver outras existências que são possíveis para vocês entrarem. Vocês então têm a capacidade de projetar seu futuro naquela existência possível. Baseados nessa projeção, vocês podem tomar uma decisão de entrar ou não naquela vida.
Alguns de vocês estão querendo retornar a seu planeta natal. Vocês sabem que alguns de vocês vieram pelo portal estelar antes e escolheram o portal da Terra? Vocês vieram para essa encarnação como sementes estelares.
O portal estelar é uma clareira central para tarefas das almas galácticas. Alguns de vocês poderiam decidir ficar nesse portal por certo tempo. Há amigos, há companheiros de alma, se vocês quiserem, que esperam por vocês no portal estelar.
Este portal estelar pode ser descrito como um palácio interdimensional ou um edifício, infinitamente grande com multiportais, diferente, centros de cura e uma área central de cura. É emocionante imaginar que centenas de seres de luz da Terra estarão vindo para o portal estelar durante a ascensão. Estamos preparados e trabalharemos com vocês, primeiro através de nossas naves e a seguir os traremos ao portal estelar. Como dissemos, estamos preparados para trabalhar com vocês em tantas maneiras quanto forem necessárias. Nenhuma densidade é pesada demais para nós. Temos muitas capacidades no portal estelar. Com a permissão que nos foi concedida por Sananda e o conselho superior, podemos até mesmo explorar outra encarnação terrestre para vocês. Se vocês tiverem algum trabalho inacabado na Terra, então poderemos orientá-los para o portal que vocês podem olhar dentro e observar aquela vida se fossem voltar. Ao olhar para aquela vida futura do portal estelar, vocês podem assimilar as lições que lá estão sem entrar na encarnação. Isso é meus amigos, alta tecnologia nas galáxias. Podemos fazer isso porque vocês desejam tanto e porque estão, sinceramente, trabalhando para vir a Arcturos e ao portal estelar. Haverá épocas limitadas e difíceis pela frente para a Terra, e retornar pode não ser uma encarnação muito agradável.
A ascensão e a energia da qual participamos nos permitira trabalhar com muitas pessoas. É uma época de transformação galáctica _ vocês sabem do ciclo de 26.000 anos de seu sistema solar.
Aproximamo-nos do portal estelar com profunda reverência. É uma experiência eterna aqui.
Existem outros portais estelares na galáxia alem desse perto de Arcturos?
Há mais dois portais estelares além do nosso, mas talvez não sejam desenvolvidos como o nosso. Os três portais estelares cobrem os três setores da galáxia. Nossa galáxia foi dividida em três áreas principais.
Todos os que vão para a existência da dimensão superior tem de atravessar o portal estelar?
Isso não é verdade. Não é preciso atravessar um portal estelar. Lembrem-se que alguns de vocês irão permanecer em certos grupos específicos em evolução. O portal estelar é apenas para sementes estelares. É apenas para os que chegaram à consciência como seres dimensionais galácticos.
Nem todos vocês chegaram àquele ponto de evolução e, francamente, alguns de vocês não desejam isso. Vocês descobrirão que existem outros métodos de evolução no universo, mas nenhum tão eficaz como o portal estelar. Este portal estelar destina-se a cidadãos galácticos em evolução; ativas existências de dimensão superior. O portal estelar nos leva as sexta e sétima dimensões, mas não se pode mostrar isso para vocês ate terem sido purificados.
Considerem o portal estelar uma purificação.

Aqui é Julliano.

Fonte: canal David K. Miller

*O portal estelar é eões de vezes superior àquilo que a imaginação de qualquer ser humano da Terra pode conceber e o que se vê através dele (por uma espécie de projeção) para um espírito despreparado e principalmente muito apegado à matéria, enlouquece.