20 outubro 2009

Arcanjo Miguel: Nova série de Efusões de Energia. Ativação do Fogo do Amor. 1ª Etapa.

Ativação do Fogo do Amor.

Mikaël

17 de Outubro de 2009




1ª das 7 Etapas

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Eu Sou Mikaël, Príncipe e Regente das Milícias Celestes.

Bem amados Mestres da Luz, eu venho, fiel ao encontro, com vocês, hoje mais numerosos ao seguimento disto que propomos a vocês, para que vocês, e vocês sozinhos, reencontrem sua Unidade, sua soberania, e a Alegria indizível da Reconexão a isto que vocês são, além da ilusão desta matriz que se desconstrói cada vez mais depressa, sob seus olhos.



Bem amados Mestres da Luz, eu apresento minhas homenagens, meus respeitos, e os agradecimentos do conjunto do Conclave Arcangélico pelo trabalho e pela Vibração que vocês elevaram a um nível que permite, hoje, revelar à sua Consciência um trabalho particular que se fará, da forma que havia dito, pela minha Presença durante esta jornada, de minha Radiância específica, e da Radiância específica da Fonte mas também pela Presença do Arcanjo Uriel, Arcanjo relacionado à última Revelação de sua Consciência nesta dualidade que é, justamente, o retorno à Unidade.


Uriel é o Anjo da Presença e Aquele que, em tempos remotos, gravou (na estrutura fisica das Consciências que se encarnaram e malograram sua dimensão Divina por causa desta dissociação), em cada um dentre vocês, a capacidade para vibrar e para ressoar mesmo em nível da consciência comum, a consciência da Presença.


Presença a vocês mesmos, Presença, ao nível desta personalidade, da Vibração do Ser, da Vibração da Unidade.


A cada 17 e a cada mês, durante o conjunto desta jornada onde temos encontro, nós vamos acolher, em nossa reunião e independentemente mesmo das Radiações Arcangélicas, a Presença e a Radiação específicas do Arcanjo Uriel, Anjo da Presença denominada a Pomba.


Como vocês sabem, nós cumpriremos sete graus vibratórios durante sete meses.


A cada 17 de cada mês, nós nos encontraremos às 12 horas (*), para insuflar em vocês a Vibração que permitirá a vocês reconhecer e se reconectar à sua Essência última, ao seu Ser, no cerne mesmo desta densidade e além mesmo do acesso da Consciência à Existência.


Dessa forma portanto, o Arcanjo Uriel, Anjo da Presença, em vista das Vibrações emitidas pelos habitantes desta Terra, decidiu, de comum acordo com nós mesmos, Conclave, com a Fonte, com a Divina Maria, e em acordo com os 24 Anciãos, lhes propor esta reconexão, se a desejarem, para ajudá-los a avançar sempre mais, em Vibração, para sua Verdade, para a Verdade de sua Semente das Estrelas.


É evidente, ao nível de sua dimensão, o número de componentes tentando resistir e portando forças de resistência ao estabelecimento da Luz, de uma maneira ou de outra.


Alguns falam de ilusão, outros falarão de entidades desejando aprisioná-los enquanto o nosso único objetivo é revelá-los a vocês mesmos, para que vocês se esquivem, de forma definitiva, da lei da ação / reação em progresso nesta densidade, e criada, não por nós mas por forças que se opõem à sua liberdade.


Hoje, nós queremos, nós ansiamos e nós desejamos sua liberdade e sua liberação.

Por isso, a Radiação da Presença, a Radiação do Arcanjo Uriel, acoplada à Presença que é minha e aquela da Fonte, permitirá que se ajustem e se alinhem, durante esta jornada, com a Vibração e a Consciência do Ser, ao nível mesmo de seus corpos de personalidade e desta jornada.


Esta Revelação, como ela é, deve levá-los a aceitar, afinal, o que vocês são, e não a ilusão de que vocês acreditam ser.


Nós levamos a vocês, a Fonte, eu mesmo, e o Arcanjo Uriel, a Vibração da Luz, a Vibração da Liberação, a Vibração da Liberdade, do Ser e de sua Verdade.


Nós, nós Arcanjos, escolhemos este dia e não outro, para que vocês sintam e vivenciem a mudança da Consciência e da energia vibrante, em associação com o nosso trabalho para vocês, para conduzir, em vocês, a clareza necessária disto que é a Luz e daquilo que ela não é.


Vamos acolher o Arcanjo Uriel.



... Efusão de energia
...

Vamos acolher a Fonte.

... Efusão de energia ...

Durante esta Vibração, e ao nível desta Luz, se encontra a capacidade de ressonância com sua Divindade, sua Religação com a Fonte, além da limitação desejada por certas formas de vida em lhes constrangir e reduzir vibratoriamente.


Hoje, a Vibração é a chave do alerta planetário, de seu despertar para a sua dimensão a mais nobre e não isolada da Fonte.

Que, juntos, vamos realizar. 


7 etapas, 7 novas luzes ativam em vocês a totalidade dos potenciais de suas lâmpadas principais, denominadas chakras principais.


A penetração desta Vibração, ao nível desta densidade e desta Luz, pela graça do Anjo da Presença, pela graça da Fonte, pela minha graça, lhes permitirá acolher a Realidade disto que vocês são, se isto é sua Liberdade e seu desejo.


Nós não podemos desejar nada de melhor ou de maior, para vocês, que de reencontrar sua Integridade, sua Unidade, sua Soberania, além dos assédios deste mundo e desta ilusão para, que em contato com o Anjo da Presença, vocês percebam, em seu íntimo, em seu coração, a Verdade, e possam avançar em sua direção.


Quaisquer que sejam os temores que não faltarão para manter a resistência à Luz, eles serão infrutíferos, porque nós, juntos, conquistamos a Luz.


Isto deve se revelar em seu brilho e em sua intensidade.


Isto é vocês, como Sementes Estelares reveladas, isto é vocês, como Seres que foram no encalço e acompanharam as Núpcias Celestes, que têm a colher para espalhar a Luz e revelá-La nesta densidade.


Para isso, têm que acolher, ressoar e abrir as portas a isto que vocês são, simplesmente, em humildade e em simplicidade.


À medida que vocês acolherem a Ressonância e a Presença do Arcanjo Uriel, à medida que vocês acolherem a Radiação da Fonte e a minha, vocês irão conectar de maneira mais e mais intensa, mais e mais Vibrátil, a qualidade, a quantidade e a Verdade de seu Ser.


Vamos acolher, juntos, agora, a Tríplice Radiância.




... Efusão de energia ...

Isto que vocês colhem, isto que vocês vivem, agora e durante cada um de seus dias de cada mês, é o estabelecimento, em vocês, da Presença de sua própria Luz, de sua própria Verdade.


Com este novo posicionamento, no nível mesmo desta dimensão, vocês tornar-se-ão Semeadores desta Luz, não por desejar, não por decisão, não por qualquer interesse, mas sim, unicamente, pela realização do alinhamento entre sua personalidade e seu Ser.


Vocês reunem, assim, isto que denominei a Presença inundada e banhada pelo FOGO DO AMOR que é a Luz Vibrante da Unidade.


Vocês tornar-se-ão um foco pulsante e vibrante de Amor e de Luz, em qualquer lugar da Terra.


Vamos acolher, juntos, unidos, no Amor e na Verdade.




... Efusão de energia ...

O Fogo do Amor é Vibração, Luz, iluminando e transmutando o que aprisionam vocês nesta dimensão.


Os dias da ilusão estão contados.



A influência desta ilusão em seu destino, em sua percepção, em sua fé, diminuirá.
Seus campos de consciência, ao nível mesmo dos corpos sutis da personalidade, vão se ampliar e vibrar em nova frequência onde vocês poderão se tornar, se assim o desejarem, cocriadores da nova Verdade, co-criadores da nova dimensão.


Isso, vocês devem obter e ser, nesta Presença.


A lembrança mesma desta jornada permitirá o reajuste de sua Consciência comum sobre esta Consciência Vibrátil.
Será possível se atualizarem, literalmente, com esta Vibração. Se vocês a aceitarem, se vocês a perceberem, constatarão que muitas coisas mudarão de maneira efetiva, em vocês e ao seu redor, pela Vibração de sua própria Presença.


Os problemas, as doenças, os desequilíbrios desaparecerão espontaneamente, apenas pela sua Presença a vocês mesmos.


As circunstâncias de suas vidas, que lhes parecem perturbadas, serão aliviadas pela sua própria Presença à sua Vibração.


Este é o trabalho que agora lhes é solicitado e ofertado: este de acolher a Vibração do FOGO DO AMOR, de deixá-la desabrochar e se desvendar, e se revelar ao mundo, no silêncio e na humildade, sem palavra alguma, pois as palavras lhes retiram da Presença.


Entretanto, vocês poderão atuar no seio da Presença pois a ação reforça a Presença.

Entretanto, vocês poderão também meditar, pois a meditação reforça a Presença.


A ação justa, a visão correta, a intenção legítima, irão reavivar em vocês a Vibração do Fogo do Amor, a Vibração da Presença.


Se desejarem, poderão reencontrar sua total Liberdade de Ser, em meio mesmo desta densidade.


Um número cada vez maior de seres humanos (tentando seguir ou seguindo ou realizando agora as Núpcias Celestes) vivenciam também a capacidade nova de se transportar no Ser.
Isto que lhes é ofertado, hoje, é ainda bem mais amplo, pois lhes é permitido vivenciar, ao nível da Consciência comum e ao nível da personalidade, a Presença e o Ser, conjuntamente.
Isto lhes permitem se revelar ainda mais a vocês mesmos, no Fogo do Amor, no Fogo da Verdade.

Vamos acolher.




... Efusão de energia ...

De hoje em diante, a coroa radiante do seu coração, ou chakra do coração, desperta, e a coroa radiante de sua cabeça, desperta, pelas chaves Metatrônicas*(de maneira, agora, mais e mais frequente nesta humanidade) permite a vocês e permite ao Arcanjo Uriel revelar isto que está gravado em vocês.



* Chaves Metatrônicas: OD ER IM IS AL - Pronuncia-se: OD AIR IM ISSE AL

Assim, nasceu a nova Aliança e o novo Evangelho.

Aquele da Reunificação, o Evangelho da Paz, o Evangelho da Presença.


Cabe a vocês, bem amados Mestres da Luz, cultivar e sustentar este Fogo, este Amor e esta Luz.


Sua Liberação, sua Alegria e sua Eternidade aconteceram.

Percorrendo este espaço interior e Vibratório, vocês descobrirão várias coisas que lhes tinham sido escondidas e ocultadas.
Vocês poderão reencontrar outras consciências, em meio a outras dimensões.


Tanto que a Vibração do Coração, tanto que o Fogo do Amor esteja presente, vocês estão presentes em vocês mesmos, no seio da Unidade e na Unidade dos planos multidimensionais, além da divisão, aqui desta dimensão, vocês estão acessíveis, doravante.


Neste mês, e durante o período de 17 de Outubro a 17 de Novembro, a primeira lâmpada, aquela do seu topo do crânio, denominada Sahasrara, recebe a totalidade da Tríplice Radiação da Fonte, de Uriel e de mim mesmo.


A cada mês, e a cada 17, nós abaixaremos a intensidade desta Vibração no seu próprio corpo físico, a fim de conduzir, pouco a pouco, a integração da Luz e da Presença a todas as suas lâmpadas.


A humanidade, em totalidade, passa doravante por uma mudança importante, por uma alteração onde a Luz se estabelecerá, onde a Presença à sua própria Presença se estabelecerá, se isto for a sua vontade.


Nós compreendemos perfeitamente que sua vontade possa ser totalmente outra e, em particular, a manutenção da experiência da ilusão. Neste caso, nós respeitamos seu livre arbítrio.


Nosso Amor por vocês é eterno, muito além das ilusões e das crenças que vocês constituiram e que ainda constituem. Nós enxergamos além de seus limites e isto que nós vemos além dos seus limites é ainda maior do que seus sonhos, os mais ousados.


Portanto, nós lhes empenhamos a ser isto que vocês desejam ser, qualquer que seja a escolha, tendo bem Consciência que a única coisa que pode afastá-los de sua escolha (os que estão na Luz da Unidade ou os que persistem no jogo da Sombra e da Luz), é o medo.


Sozinhos,vocês devem fazer a escolha, sozinhos,vocês devem assumir as regras.


Nós viemos a vocês, e nós viremos mais e mais intensamente no seio da Luz e do Amor, para lhes propor, sem jamais impor.
Cabe a vocês fazer, em sua alma e consciência, como vocês dizem, fazer seu próprio julgamento com vocês mesmos.


Ninguém, além de vocês, lhes julgará.

Somente a Vibração da Luz, alcançando um determinado limiar, que denomino Fogo do Amor e Revelação da Presença, irá ela mesma lhes liberar. Porque esta é sua liberação, porque esta é sua Consciência, e porque em definitivo, esta é sua Vida e sua Evolução.


Vamos ativar, agora, em totalidade, pela Tríplice Radiância, o Fogo do Amor, da Presença, no seio do chakra coronal.




... Efusão de energia ...

Bem amados Mestres da Luz, nós lhes propomos, se vocês aceitarem, a cada 17º dia do mês, à sua maneira, ao seu jeito, de acordo com suas crenças e suas convicções, de se alinhar com a Presença, e não unicamente à hora de minha Presença Tripla, mas durante todas as horas.


O Arcanjo Uriel verterá em vocês a Radiação da Presença.

A Fonte acompanhará especialmente esta jornada.


Bem amados Mestres da Luz, terminarei minha intervenção atual por esta simples palavra: obrigado.


Voltarei durante esta jornada para abrir espaços a questionamentos, pode ser mais prático.
Em particular, sobre o que é transmitido pelo conceito, além das palavras, de Fogo do Amor e da Presença.


Proponho agora que vocês permaneçam, nesta casa e nesta Presença, e em silêncio, sem palavras, o restante do horário da efusão.




... Efusão de energia ...

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Tradução para o Português :
Zulma Peixinho




16 outubro 2009

Camara dos Espelhos-O Juiz Interno e as Mudanças na Magnetosfera da Terra.



O Trabalho de Shamuna

André Louro de Almeida


7/10/2009

O campo eletromagnético da Terra, nos últimos anos, desceu de 4 Gauss para 1.6 Gauss (medida alemã para a capacidade de vibração eletromagnética da atmosfera).
Desde 1992 até hoje, o campo eletromagnético da Terra sofreu uma anormalidade, do ponto de vista científico, difícil de explicar.
Esta descida ainda não terminou. Significa que se o ritmo de atrofia ou retração do campo eletromagnético da Terra continuar no ritmo em que tem estado, é provável que não haja campo eletromagnético nenhum no prazo de 7, 8, 9 anos.
Esta anulação progressiva do campo eletromagnético da Terra foi experimentada artificialmente por astronautas soviéticos nos anos 70. O campo eletromagnético artificial das estações da Soyos foi desligado durante horas. A bordo da Soyos, a partir de uma certa altitude, estão no nível da magnetosfera, em que não há praticamente actividade magnética. A única forma de se existir a bordo é a utilização de campos electromagnéticos artificiais produzidos por baterias eléctricas. Mas, vá-se lá saber porquê, o governo russo achou importante fazer experiências de desligar os campos electromagnéticos artificiais a esses astronautas e os resultados é que, durante as primeiras horas, eles tornavam-se bastante irritáveis. Numa segunda fase, passavam de um quadro de irritabilidade para um quadro de desobediência em relação à estação terrestre e de agressividade. Numa terceira fase, que só aconteceu com 3 ou 4 astronautas (esta
informação não está publicada na história da astronáutica), enlouqueceram.
A partir de um certo número de horas sem nenhum campo electromagnético, nem terrestre nem artificial, os astronautas perderam a memória, entraram em amnésia e enlouqueceram.
Neste momento as pessoas que estudam as migrações das aves estão a registar, cada vez mais, rotas erráticas em certas espécies. As aves são portadoras de uma bolsa à altura do crânio, na parte frontal, onde é recolhida uma certa quantidade de materiais metálicos que reagem ao campo electromagnético da Terra. Significa que as aves têm uma bússola natural que, em combinação com o sistema endócrino, lhes dá autênticos mapas para elas se movimentarem na atmosfera.
Neste momento há muitas espécies que estão a ter comportamentos erráticos o que indica uma forte perturbação no campo electromagnético terrestre ou, simplesmente, uma perca de voltagem desse campo. Isto também é verdadeiro para as baleias que aparecem mortas em grandes quantidades nas praias. Elas estão seguindo certos rumos magnéticos que, subitamente, não estão lá mais. Isto faz com que elas se percam ou se vejam envolvidas com outro tipo de correntes.
Outro ponto é que em 1999 houve uma perturbação na magnetosfera da Terra, extremamente grande, e o pólo sul magnético deslocou-se 17º em relação ao ponto em que costuma estar e depois voltou para o mesmo ângulo. Este deslocamento fez com que a maior parte dos voos e dos pilotos que estavam em curso tivessem que utilizar sistemas de pilotagem e de aterragem manuais.
A maior parte das torres de controle do hemisfério sul e os respectivos aviões tiveram que recalibrar as suas bússolas para se ajustarem às novas condições do pólo sul magnético, ainda que ele tenha voltado ao lugar.
O que a população mundial está a sentir é uma dificuldade cada vez maior de utilizar o cérebro. Isto implica uma aceleração na percepção do tempo (dia de 16h), perca de memória em relação a factos vulgares (datas, recados - memória não significativa) . Já estamos a entrar numa amnésia razoável ao nível da memória imediata.
Outro sintoma é o facto de as pessoas estarem a acordar mais cansadas do que se deitaram, uma incrível dificuldade em conciliar o sono, pressão nas têmporas, dores de cabeça constantes, dificuldade de coordenar os movimentos, dificuldade de fazer passar uma ideia para o plano da acção, sonolência, inércia, passividade.
Outros sintomas são: bolsas de imensa ansiedade que imergem não se sabe de onde; enormes ondas de ansiedade que vêm do centro sexual (ligação à vida) atravessam rapidamente o plexo solar e instalam-se no coração; angústia desligada de qualquer experiência concreta; dificuldade de conciliar o sono e de realmente descansar. É cada vez mais difícil só simplesmente descansar. É como se quando uma pessoa tenta descansar começa a acumular um elemento dinâmico negativo que a inquieta. Daí muitas pessoas não conseguirem dormir e outras acordarem mais cansadas do que quando se deitaram.
Além da angústia e da ansiedade um outro sintoma é a busca de significado. A solidez dos conteúdos morais, éticos ou filosóficos, para não falar das ideologias que morreram já há 10 anos, mas ficaram esses conteúdos e é como se eles tivessem entrado em estado gelatinoso e pudessem passar a um estado líquido a qualquer momento.
Em 2000 a Terra entrou num período de obscurecimento na luz, que é diferente de dizer obscurecimento nas trevas, e é diferente de dizer luz na luz ou luz nas trevas.
Um obscurecimento na luz é a condição necessária para que a humanidade entre naquilo que as profecias Maias chamam "a sala dos espelhos". Isto é, uma antecâmara de um alto poder psíquico que faz com que cada ser se veja ao espelho. O que os Maias, na pessoa do avatar Kukulcan disseram, é que a partir de 99 toda a humanidade entrava na câmara dos espelhos.
Essa câmara dos espelhos acontece ao mesmo tempo que se dá o esvaziamento do campo electromagnético terrestre e ele acontece por dois motivos. Primeiro porque a Terra respira constantemente mudança de polaridade - pólo norte, pólo sul magnético e a forma como ela faz essa mudança dos pólos é exactamente como um coração.
Depois de um ciclo de expansão da magnetosfera, ela contrai-se cada vez mais e entra em zero. Depois expande novamente mas a parte eléctrica positiva já está no sul e a parte eléctrica negativa está no norte. Inverte os pólos. Isto é uma realidade geofísica.
O que se passa é que, ao mesmo tempo que a Terra está a fazer esta contracção, a humanidade não está a saber criar um campo magnético que funcione como uma arca de Noé sobre o desligar momentâneo do campo electromagnético terrestre.
Todas as civilizações que sobreviveram a estas contracções do campo electromagnético da Terra tinham descoberto como gerar o seu próprio campo vibracional superior que se sobrepunha à contracção do campo electromagnético da Terra. Por outro lado, o Sol, do qual o nosso coração é um holograma, está a receber aquilo a que os Maias chamam (?)
Cada período de 5.000 anos estes raios sincronizadores, que vêm do centro da galáxia, fazem com que o Sol receba um impulso de vida logóica muito mais poderoso, de repente.
A primeira reacção física do Sol passa-se ao nível da combustão e é caracterizada por emissões, cada vez maiores, de explosões na coroa, vento suão, emissões de raios X e Gama e esse vento solar vem carregado de partículas extremamente excitáveis. Quando essas partículas entram em contacto com a atmosfera da Terra electrificam- na muito mais. Quando as partículas que são transportadas pelo vento solar entram em contacto com a ionosfera dá-se uma sobrecarga eléctrica.
A partir de 99, mais uma vez, foi detectado um início de um ciclo de actividade solar anormal que está fazendo com que a Terra esteja sendo carregada de electricidade ao mesmo tempo que o seu campo electromagnético se contrai.
À medida que o íman terrestres está a perder carga, a atmosfera tem vindo a ganhar uma carga eléctrica cada vez maior vinda do Sol, o que faz com que a necessidade de descarga da atmosfera seja muito maior.
As formas de a atmosfera descarregar a electricidade que acumula pelo vento solar, geralmente são: tempestades, relâmpagos, furacões, ciclones. Claro que os furacões têm origem na temperatura da superfície do mar mas se a atmosfera estiver super carregada, a violência desses furacões é muito maior.
A probabilidade desta exposição da Terra a lençóis de energia absolutamente anormais continuar, é toda. O que significa que, provavelmente, o resultado será a acumulação de cargas tão colossais na atmosfera que todas as tempestades sazonais conhecidas podem entrar num nível das chamadas supra tempestades.
Essa passagem já estava contida na visão dos Maias. Eles disseram que, ao mesmo tempo que o núcleo da galáxia ía enviar um raio sincronizador, aumentando indefinidamente o poder de ejecção de campo do Sol, a Terra iria sofrer o impacto directo sobre si e que esse impacto iria gerar super tempestades.
Como nós trabalhamos com consciência pura e com a energia crística, na medida em que isso nos é possível, nós não nos ocupamos dos aspectos negativos deste tipo de profecia. O que nos interessa é isto: a mesma visão afirmava, e todos nós sentimos, que a partir de 99 a humanidade entraria nessa sala dos espelhos. Ou seja, ao mesmo tempo que a carga na atmosfera aumenta e o campo electromagnético diminui, e com esta diminuição a nossa capacidade de usarmos o nosso cérebro com base na sustentação eléctrica da Terra começa gravemente a diminuir. A humanidade, por lei, teria que entrar num regime psicológico no qual toda a gente se vê a si mesmo. E a expressão interna ligada à grande tradição primordial é que, no fim de um grande ciclo, cada homem, cada mulher será o juiz de si próprio. Não vai haver nenhuma espada a separar a humanidade à esquerda e à direita, nem nenhum anjo, nem nenhum arcanjo terrível no alto dos cirros e
dos limbos e das nuvens castigando, julgando, e assim sucessivamente.

Para que cada um possa ser o juiz de si próprio, os gatilhos que prendem o ser humano em funcionamentos que são da sua essência, mas que são funcionamentos e comportamentos adquiridos, registados ao longo de séculos e que ficam funcionando em nós como discos de música no automático, esses funcionamentos repetitivos teriam que ser terminados.
Parte da absorção do campo electromagnético terrestre, uma das consequências é que, ao mesmo tempo que as pessoas têm mais dificuldade, por um lado em utilizar os seus cérebros, sentem-se aparentemente muito mais livres para encontrarem a sua própria solidão.
Esse campo electromagnético terrestre contém tudo aquilo que nós chamamos normalidade. A normalidade e o senso comum são traduções no comportamento das nações dessa base que é o campo electromagnético terrestre. À medida que este campo se vai embora, a pilha que sustentava os comportamentos ditos normais também vai embora e entramos numa fase em que cada ser humano, quer queira crescer quer não queira, quer enfrente o terrível desafio da liberdade quer não enfrente, tem as bases da normalidade abaladas, o que significa que estamos numa fase em que todas as experiências, todas as hipóteses, todas as faces que cada um de nós pode ter ou vir a ter, vão passar à nossa frente no próprio espelho.
Estar na câmara dos espelhos, para a humanidade inteira, significa que é muito mais rápido para cada um de nós produzir o mal e o bem, e é muito mais fácil, à escala internacional, produzirem-se grandes desastres políticos, sanitários, militares, éticos e também nunca foi tão simples termos a oportunidade de prever esses desastres.
Estar na sala dos espelhos significa que, lentamente, secretamente, gradualmente, a humanidade e cada um de nós, foi levado, quase sem dar por isso, ao deserto. Exactamente o mesmo deserto onde Cristo e "o outro" se encontraram para fazer contas à vida.

Esse encontro entre Cristo e o "príncipe", para a Hierarquia, para os Mestres, já está feito, mas, para a humanidade como um todo, este é o momento.
Por estranho que pareça, esse Cristo e esse "príncipe" não se vão encontrar nas Nações Unidas nem se vão encontrar vestidos de povos limpos e povos sujos. Esses dois vão-se encontrar nesse espelho dentro de nós. O que significa que, gradualmente, a humanidade inteira está a ser empurrada para uma crise de consciência magnífica, sem a qual não é possível atravessar o minúsculo pontinho vibracional que faz a ligação entre as duas ampulhetas: a da Terra de 3ª dimensão e a parte da ampulheta da Terra de 4ª dimensão.
Se puderem visualizar uma ampulheta com dois planetas, em cima está a Terra de 3ª dimensão e entretanto o campo electromagnético está-se a escoar. Quando não houver nem mais um grão a Terra fica 72 horas sem sustentação electromagnética natural. Pelo menos é o que indica esta descida de 4 Gauss para 1.6 Gauss e este dado já é relativamente antigo, tem 4 ou 5 anos.
Esta ponte entre os dois mundos é feita por cada um individualmente. Do lado de lá está a Terra de 4ª dimensão.

Do lado de lá como?
A Terra inteira está a entrar em algo parecido com um crash de computador. Os sistemas estão a falhar. Esse escoamento do campo electromagnético coloca cada vez mais um desafio poderoso a cada ser humano, mas nós não conseguiríamos sequer compreender o desafio se não tivéssemos a oportunidade colectiva de entrar nesta sala dos espelhos, em que cada líder de cada nação, cada mãe, cada artista, se pudesse encontrar com a sua própria sombra, em que cada ser humano tem de se ver ao espelho, e ao se ver ao espelho tem a oportunidade de se ver de uma forma científica, o que faz o bem e o mais ou menos. E não há ninguém por perto para lhe dizer o que é o bem e o mal.
Só quando cada um de nós for levado a uma percepção exacta, científica, do bem e do mal e isto já foi tentado na segunda Guerra Mundial, foi nessa altura que a humanidade pôde ver o bem e o mal do ponto de vista da Hierarquia. Agora, trata-se de cada ser, individualmente, ser levado a um espelho onde dentro dele percebe, de uma forma não emocional, sem ranger de dentes, sem culpa e sem medo, mas também sem elementos de distracção e auto comiseração, ele é levado a ver, a assumir o seu próprio juiz interno, que não é o super ego de Freud, mas um juiz que vem de uma câmara superior de nós mesmos e que desce sobre nós para ver connosco.
Isto está a acontecer com as grandes nações do mundo, elas já estão frente ao espelho. O G8, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, os países mais ricos, o clube nuclear, o FMI, estão a ser levados a uma condição em que têm de facto de se ver a si mesmos.
Observem a incrível quantidade de energia que nós consumimos diariamente quando não nos vemos a nós próprios para conseguirmos manter uma visão não científica dos nossos actos. Ninguém gosta de ouvir dizer isto: "visão científica dos nossos próprios actos". Eu uso a palavra científica por empréstimo. O que eu quero realmente dizer é que só quando nós conseguimos ver em profundidade a motivação de um acto é que somos senhores dele. Só quando conseguimos ver em profundidade as raízes de um movimento é que podemos ser senhores dos nossos actos.
Aquela doutrina da Nova Era de não julgar, pressupunha que eu não tenho profundidade suficiente para compreender os actos de ninguém ao ponto de fazer um juízo negativo. Pressupunha que eu tenho de me ocupar da minha própria endoscopia. Eu tenho que assumir o meu lugar na câmara dos espelhos. E este ver-se ao espelho, cada ego exacto, tanto pode ser traumático como revelador, tanto pode ser difícil como, simultaneamente, transfigurativo. Tanto pode ser uma "mea culpa" como uma libertação porque os Mestres não estão levando a humanidade para essa câmara dos espelhos por nenhum motivo emocional, necessidade humana ou ansiedade, mas para nos vermos a nós mesmos e depois vem esse juiz, que é parte de nós, e de uma forma autónoma nos ajuda a ver-nos finalmente a nós próprios. Esse movimento não é de punição nem é apressado, é um movimento ritual sem o qual a transição para a Nova Terra não pode ser feita.
Então, a partir de 99 a Hierarquia diminuiu a sua pressão directa sobre os grupos espirituais. Ela retirou a sua irradiação directa, houve um obscurecimento, só que este obscurecimento acontece na luz, o que é diferente, como se disse, do obscurecimento nas trevas ou de uma luz na luz ou de uma luz nas trevas.

A humanidade foi colocada num túnel e numa câmara onde tem de se encontrar a si própria e isso vai de 2000 até 2010/12. Encontrar-se a si própria significa viver na consciência do que fazemos. Significa que antes, um acto agressivo, um genocídio, ía daqui para ali, havia um vitimizador e uma vítima e ficava do lado de lá a vitimização durante décadas e depois eram necessárias décadas até que o vitimizador tomasse consciência da dor que tinha produzido. Era um arco temporal enorme, hoje é cada vez mais curto. À medida que a humanidade entra na sala dos espelhos, realmente, o acto negativo reflecte-se imediatamente no seu espelho interior. A sensibilidade à dor e à luz estão a aumentar.

Eles desligaram as luzes em 99/00/01. A Hierarquia disse: "vocês já têm tudo, agora Nós vamos para outro plano ficar a ver". Isto significa que a pressão directa, constante, poderosa, rítmica sobre os nossos níveis internos abrandou profundamente. É como se Eles nos dissessem: "agora vocês vão ter que viver 10 anos de escuridão, mas é uma escuridão que acontece na luz e portanto, para cada acto de reflexão vocês recebem mais luz do que alguma vez antes receberam. Agora são vocês que escavam a vossa própria luz".

A sensibilidade à dor que produzimos aumenta porque ela vai regressar a nós cada vez mais rápido. É isso que significa "estar na sala dos espelhos". Cada um é obrigado a tomar consciência do que faz. Cada acto negativo regressa com muito mais velocidade e cada acto que nós entendemos como positivo também regressa com cada vez mais intensidade. A sala dos espelhos é uma sala de ricochete constante - causa / efeito.
O resultado desta câmara é que todas as nossas sombras estão a vir ao de cima. O homem tem de enfrentar os seus medos à escala colectiva e tem de passar do medo para o amor, tem de se ocupar das coisas vivas e não das coisas mortas. O homem tem de finalmente aprender a acumular energia em si para que, no momento em que este campo electromagnético for desligado, ele tenha construído a sua própria arca de Noé em termos ocultos.
Nós chamamos uma civilização solar não apenas uma civilização da mente diurna, racional, mas principalmente uma civilização que penetra internamente nos mistérios do sol, o que conduz invariavelmente a Alcione nas Plêiades, de Alcione a Sírius e de Sírius aos grandes portais do infinito que conduzem à consciência absoluta. Chamamos uma civilização solar a uma cultura que não fica à espera destes movimentos da Terra para gerar o seu próprio campo electromagnético.
Um símbolo da capacidade de um povo criar o seu próprio barco entre mundos é o ouro que sempre esteve associado às civilizações solares, porque a sua carga electromagnética é tão grande que ele não se oxida. O electromagnetismo inerente ao ouro é tão forte que ele praticamente não troca electrões com o exterior, por isso ele permanece incorruptível durante milhares de anos. Isto leva-nos directamente à tarefa de Shamuna.

Shamuna é um Bothysatwa, um ser do ouro interno. Ele é o mantra que nos está sendo passado para que nós possamos activar o nosso próprio gerador de um campo electromagnético individual.
Um campo electromagnético individual é o acumular em vibração violeta/branco/dourado, de todas as acções centradas na parte do nosso ser que gera vibrações, independentemente de qualquer mundo e de qualquer esfera onde nos encontramos.
Nós temos 7 chacras, todos eles interagem com o exterior. Do diafragma para baixo eles são progressivamente dependentes da Terra e, portanto, do campo electromagnético terrestre. Do coração para cima eles estão cada vez mais enraizados no destino de um ser, no para onde um ser se dirige e bebem de fontes extraplanetárias. Mas assim como a Terra tem um coração que gera um campo electromagnético próprio durante milénios e depois recolhe-o novamente, e há registos da mineralogia e da geofísica destas mudanças de pólo magnético (cerca de 170), tal como a Terra tem este coração, nós temos no nosso coração uma membrana que gera um campo electromagnético autónomo.
O que as forças de controle da Terra cada vez mais tentam é impedir que o coração humano gere esse campo dourado que lhe é natural. É impedir que o coração humano vença a batalha.

Notem:
Neste momento nós temos um planeta que está esvaziando o seu campo electromagnético e aproximando- se do nulo magnético que vai durar 72 horas. Isto é afirmado como um prognóstico científico, coisa que nestes nossos encontros nem sequer precisamos.

Se a Lua interfere nas marés, as explosões solares interferem directamente na pressão da lava dentro do crânio de calcário que é a Terra inteira. Os bombardeamentos de vento solar e as alterações na própria magnetosfera do Sol é uma coisa gigantesca, o Sol tem 98% da massa do sistema solar, essas alterações estão a excitar a lava e os movimentos telúricos como um todo. Depois temos a sobrecarga que o vento solar produz na atmosfera. Depois temos a Terra como um automóvel de corrida perdendo campo electromagnético até um paredão - magnetismo zero. Nesse momento, durante 72 horas não há actividade electromagnética na Terra. O próprio planeta pode não ter ímpeto, isto é, carga cinética para girar sobre o seu próprio eixo durante esse tempo e várias profecias falam da probabilidade de metade do planeta ficar 3 dias à sombra e a outra metade 3 dias ao Sol.
As forças que ainda controlam este planeta têm as suas próprias formas de criar campos electromagnéticos artificiais, tal como criam a bordo de uma nave espacial, o que elas procuram é que o coração humano deixe de vibrar porque é através de uma vibração residente no coração que nós carregamos a nossa aura desse campo vibratório autónomo e que, por si, protege o pensamento e o cérebro. O grande amigo do cérebro, afinal, é o coração porque é ele que gera a carga que mantém as sinapses a funcionar.
A tarefa de Shamuna (destas 3 hierarquias com que nós trabalhamos era a mais misteriosa) - nós sabemos que Ulikron é um ser de 1º Raio. Urvanah / M. Madalena é um ser de 3º Raio e Shamuna é um ser de 2º Raio - é a de lidar com um imenso magnetismo que vem directamente de Samana.
Shamuna é um dos Bothysatwas que trabalha directamente com a consciência de Samana (Cristo / Jesus interstelar) . A tarefa de Shamuna é a de trazer, sob a forma de um manto contínuo, a força magnética de Samana, portanto, da energia crística, gradualmente, muito secretamente, para baixo, para o homem que está aberto à expansão do coração. Ele lida com as membranas secretas do coração.
Nós sabemos que a pineal contém 7 sólidos platónicos e que Ulikron / Elias / S. J. Baptista é o ser que vai começar a rodar dentro de nós com a ajuda do nosso próprio yode (entendido como a energia dinâmica de uma alma iluminada) atravessando o topo da cabeça, entrando na caixa craniana e instalando-se na pineal. Ulikron vai fazer a rotação dos sólidos platónicos que mudam o processador cognitivo como um todo e que permitem que tu comeces a ver camadas dentro de camadas, isto é, que comeces a ter visões do real muito mais completas do que a actual visão que nós temos.

Se Ulikron / nós passa do poliedro de 20 faces para o nível da esfera, todos nós somos dourados. Mesmo esta película de carbono, nitrogénio e oxigénio que nós temos, ela é mais frágil do que o poder da informação do ouro, só que nós estamos condicionados nessa percepção. Nós vemos o ouro nos teus olhos porque justamente essas chaves que organizam a cognição e que estão na pineal estão retidas.
Assim como Ulikron trabalha com essas mutações dos templos de geometria sagrada dentro da pineal, Urvana trabalha com os níveis internos de kundalini, trabalha com a relação entre muladara ou a serpente enrolada, o despertar da serpente enrolada e o núcleo da serpente enrolada que não é vermelho, mas branco incandescente.
Quando falamos de kundalini e shakti e a luz da Mãe divina, estamos a falar da parte do kundalini que é o dinamismo do fogo vermelho e a luz da Mãe divina que é branca, ela está no interior da própria kundalini. Tudo o que é levado a um certo grau de incandescência passa a laranja, depois a vermelho, depois a amarelo e depois a branco. Urvanah trabalha com o nível diamante do kundalini, com as camadas do próprio fogo vermelho, laranja, amarelo, branco. Ela trabalha com essas passagens de incandescência desde o fogo da paixão até ao fogo da grande criatividade de tudo e de todos, até que o fogo vai-se purificando até chegar ao branco absoluto e esse é o objectivo de Urvanah. E as nossas células vivem desse fogo. Quando tu começas a dar o alimento branco vindo de baixo e de cima simultaneamente, as células saem do tempo. O trabalho de Urvanah é a intemporalidade do templo do Espírito Santo.
Ulikron trabalha com as mudanças na pineal. Urvanah actua na revelação de camadas cada vez mais profundas de kundalini. Shamuna lida com os graus de amor que cada um pode sentir. Dos três ele é o instrutor. Ele lida com a retirada das "cataratas" do coração, lida com essa limpeza profunda do coração humano. Isso é feito pelo magnetismo Sírius / Órion que Shamuna traz consigo.
Shamuna é um enviado avançado da energia de Samana / Jesus que traz a excitação magnética do coração e o trabalho dele é reunir o disperso. Shamuna - aquele que reúne o disperso.
Este mantra Shamuna deve ser soado de forma que tu sintas uma força a ejectar todas as toxinas, rancores, ambiguidades, mágoas, dores e, sobretudo, exigências. Nós somos tão exigentes que o nosso coração não consegue respirar. Exigências: que o outro esteja lá para nós; que o outro nos compreenda; que ele nos acompanhe; que ele nos entenda sem nós abrirmos a boca;... Exigências emocionais que não acabam mais, como se nós estivéssemos a morrer afogados num mar de solidão! Isso não deixa a pessoa repousar. Este mundo de exigências, de conflito em que nós vivemos, que corrói o nosso sistema nervoso, este tentar extrair do outro o que ele pode e o que ele não pode dar, esta desumanidade que nós temos uns para com os outros dentro da luz (o que ainda é mais estranho), esta fome emocional predatória que nos desequilibra completamente como se nós não soubéssemos que todo o amor, que todo o gozo começa quieto! Esta compreensão que
nós temos para connosco próprios que se traduz em auto comiseração! Primeiro nós não paramos para dizer: "agora eu vou ficar aqui confiando que o amor chega a mim, em abstracto, no interno. Luz da luz, vida da vida, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado e não criado, consubstancial ao Pai". É eu ficar aqui sentado à espera disso. Eu sei que o amor é infalível. E ficar quieto até que esta energia de Shamuna venha até ti.

Shamuna é um Bothysatwa que trabalhou muito com Pathmasambava no Alto Tibete na doutrina do diamante, só que, enquanto Pathmasambava trabalhava os níveis tântricos, Shamuna estimulava a vibração do coração. Shamuna tem muito a ver com Mirna Jade/Miz Tli Tlan.
Urvanah é uma Hierarquia de Lis/Fátima. Ulikron é uma Hierarquia de Shamballa/Miz Tli Tlan. Shamuna é os dois, Mirna Jade/Miz Tli Tlan/Serra do Roncador em Mato Grosso - Ibez.

O que ele quer trazer até nós começa por uma constatação simples. Para que possas receber a partir de dentro, vence o mito da solidão e do abandono. Vence os teus demónios.

E porque as pessoas não se suportam a si próprias estão constantemente rompendo a sacralidade da sua própria solidão.
O Caminho é quente, é paixão, mas se eu não começo o Caminho pelo início, ele nunca vai ser suficientemente quente.
Como é que eu posso ouvir o perfume do meu ser se eu tenho esta inumanidade para comigo mesmo e para com os outros de estar constantemente a exigir coisas? Mesmo que eu exija com um sorriso, secretamente eu quero tirar um bocado daquela pessoa. E não há nenhum problema nisso desde que eu sinta, de facto, o perfume do meu ser.
Aquilo que nos vai salvar da sombra de nós mesmos ou do grande monstro mundial é só um sorriso. No fim é um sorriso que te abre a porta para a 4ª dimensão porque é o sorriso da auto conquista, o sorriso dos Budas, o sorriso da suprema refinação do ser, de um refinamento psico afectivo profundo em que tu vais trazendo todo o teu ser para próximo do diamante e doa-lo ao mundo, depois trazes e doas ao mundo, trazes e doas, e o resultado desta alquimia, deste ir e vir, é um sorriso que os grandes seres reconhecem instantaneamente.
Este perfume tem que vir ao de cima e tu começas a perceber que é tudo tão precioso em ti! Quando é que o Universo vai fazer outra vez um ser como tu? Pode fazer um melhor mas um tão tosco/tão sublime como tu nunca mais consegue!

Isto tem a ver com a criação do campo electromagnético que permite a humanidade atravessar o não tempo até essa Terra de 4ª dimensão cujo magnetismo é Sírius/Alcione/ Sol/Vénus/ seres humanos. Vénus vai entrar na constituição electromagnética da Nova Terra.
Há seres para os quais é muito importante recolherem-se em si mesmos até que o perfume comece a transpirar e esse perfume é o pacto eterno da alma pela personalidade, e quando tu consegues que esse perfume preencha toda a tua coluna... em termos psicológicos o que é a coluna vertebral? As nossas colunas estão rachadas pela base, porque tivemos infâncias difíceis, ou porque fomos parar a uma estúpida de uma incubadora e alguém desligou o interruptor, ou porque foi violado aos 4 anos, ou porque o pai tinha um complexo de autoridade.. . a pessoa não se esquece!
Esta coluna psicológica está toda em ruínas mas se um indivíduo consegue sentir o perfume, atravessar estas malhas todas, isso implica uma câmara. Neste momento ninguém se consegue perceber a si próprio se não for para dentro de uma cápsula.

...estas forças radiantes que nos animam e que nos dão a sensação de sermos amados, a doçura de uma alma que está aqui servindo e acompanhando a personalidade, sofrendo connosco. A alma tem uma parte na eternidade e uma parte no tempo. A parte que está no tempo está constantemente vibrando o Paraíso dentro do teu peito e sentindo as desfasagens entre a imagem da cidade celeste dentro de nós e os incríveis desfasamentos que a realidade socio-cultural é em relação a essa imagem sagrada, e o nosso psíquico sente todas essas dores!

Enquanto nós não conseguirmos sentir a doçura, o compromisso, o envolvimento da alma connosco, nós vamos para o mundo com uma fome que não tem fim.
É eu criar um espaço dentro de mim, inviolável por qualquer opinião alheia, em que eu aprendo a subtil arte de me amar a mim mesmo. Isto tem muito a ver com a energia de Shamuna que é uma força de amor, dourada, comprometida com o casamento entre a personalidade e a alma. É um casamento na criatividade, no erótico, na doçura, na arte e na responsabilidade perante os outros. Isto é a primeira fase da acção dele, depois ele pega nisto e leva o indivíduo para o casamento com o corpo de luz e depois, até ao casamento com o fogo sagrado na mónada. Vêem as etapas, as tais membranas do coração? Só que Ele não pode pegar num pobre coitado e casá-lo com a mónada sem que ele perceba o que ele é até à mónada.

Agora, todos vocês estão tendo uma vida para-militar, todos vocês estão sob graves ameaças psicológicas. Se vocês não trabalham, e não interessa se aquela é ou não a vossa vocação, não têm dinheiro. Se não têm dinheiro estão suspensos do carrossel e todos têm que entrar a horas nos trabalhos, fazer certas coisas dentro de certos ritmos e ignorar a alma o tempo todo. É a isso que eu chamo uma vida para-militar. Depois há os que já estão um bocadinho fora da coisa e há os que gostam do que fazem. Mas se estão sendo condicionados a se adaptar a uma civilização que cada vez menos percebe o que ela é, porque exige que um indivíduo se desligue da sua alma para fazer parte dessa civilização cujo resultado final é indivíduos vazios criando uma civilização vazia que está à procura de si própria, se isto se mantém nesta rotação, eu não dou mais dez anos, nem sete até que as pessoas realmente não consigam mais usar os
poderes criativos do cérebro. E porque é que não conseguem? Porque por detrás do cérebro está o cérebro reptiliano e esse, quando anda à solta...
Por isso é que os astronautas da Soyos, a primeira reacção quando desligaram o campo electromagnético, era irritabilidade, e a seguir agressividade porque o cérebro reptiliano começava a tomar a dianteira, e a seguir já nem há cérebro reptiliano porque as bases eléctricas para as sinapses já não estão lá, daí a loucura.
O trabalho de Shamuna é chamar-nos à conquista de uma vibração do coração. Está ligado à grande tradição de Shamballa que aponta o coração como a via da fonte sagrada. Então nós temos aqui um ser que nos está a tentar calibrar para nós mesmo como se Shamuna nos dissesse: "calibra-te para ti mesmo. Retorna a ti, retorna ao portal do coração. Senta-te e espera que a onda radiante do projecto divino, para ti, chegue.
A energia de Shamuna faz a ligação do nosso emocional com o nosso próprio coração, depois faz a ligação do nosso coração com o coração do Sol, e depois faz a ligação do nosso coração com Alcione, depois com Sírius e aí termina a sua tarefa e começa a tarefa de Ulikron que está ligado à Transcendência.

http://www.iridia-lumina.org/

13 outubro 2009

17.10.2009 Diwali/Chanucá. A Festa das Luzes.

Diwali, que significa “carreira de luzes”, é uma celebração hindu que ocorre nos últimos dois dias escuros na metade do mês indiano de Kartik (em hindi) ou Ashvin (em bengali), o que geralmente corresponde a alguma coisa entre Outubro e Novembro do nosso calendário. Muitos dizem que nesta noite a deusa Lakshmi traz prosperidade para o mundo. Todas as casas devem estar limpas e iluminadas. As pessoas colocam as suas melhores roupas e se perfumam para recebê-la. Principalmente para os que moram ao Norte da Índia, Diwali também marca o início de um novo ano. Eu, particularmente, gosto de Diwali por causa da história narrada no Ramayana, sendo esta a data em que Rama e Sita retornam a Ayodhya. Ela havia sido seqüestrada pelo demônio Ravana e Rama a resgata com a ajuda de Hanuman e Lakshmana, seu irmão. Como Rama e Sita (reencarnações de Vishnu e Lakshmi) fazem o caminho de volta à noite sem a luz da Lua (que está em sua fase Nova), os habitantes acendem milhares de lamparinas para marcar o caminho – daí a referência. Por acaso (ou não), neste shabat também tem o início o mês judaico de Kislev, também conhecido como “mês das luzes” por causa da celebração de Chanucá. Diwali e Chanucá - cada qual a seu modo – são dias em que se exalta a vitória da Luz sobre a escuridão. Que possamos estar plenamente conscientes da Luz que trazemos dentro de nós no dia de hoje e que esta revelação a expanda em todas as direções rapidamente e de forma apropriada. Os milagres estão aí para serem vividos e nós somos os únicos responsáveis pela sua manifestação – acredite nisso!

Oração a Lakshimi

"LAKSHIMI, Deusa da Prosperidade e da Abundância, abro meu coração e meu lar com muito amor e exuberante alegria para recebê-la no meu Templo interno e no Templo da minha morada.
Que suas bênçãos cheguem a mim trazendo a pureza da flor de lótus, a harmonia nos meus relacionamentos e a prosperidade em tudo o que eu executar com fé, entusiasmo e altruísmo.
Que o aspecto feminino de Deus em todas as suas manifestações me tragam intuição, percepção, dedicação e receptividade, para que eu possa realizar todas as minhas atividades com alegria e felicidade.
Que sua majestosa beleza se reflita em meus pensamentos para que eu possa sentir, falar, ouvir e agir somente com a consciência da minha Presença Divina.
Que a sua Luz me envolva dentro de um campo magnético de Abundância para que eu possa ter tudo o que necessito e expandir essa minha Prosperidade para todos.
Tudo o que me for ofertado eu abençôo e consagro para a realização do Plano Divino.
Amada LAKSHIMI, bem vinda à minha vida e ao meu lar!
Eu Sou, Eu Sou, Eu Sou a manifestação de tudo o que desejo neste instante, hoje e sempre!
SHRIM!"

Que as bênçãos de Prosperidade e Abundância de LAKSHIMI iluminem você, seu lar e seu trabalho, hoje e sempre.

08 outubro 2009

25 anos. 150 países. 20 milhões de Pessoas. América Medita.

No próximo dia 12 de outubro, às 18h teremos um evento histórico:
América Medita.
Será a primeira vez em que teremos uma meditação simultânea em todo o continente americano.

A Fundação Arte de Viver organiza no próximo dia 12 de outubro o AMÉRICA MEDITA. Milhares de pessoas nas principais cidades do continente americano se reunirão, no mesmo horário, para uma meditação pela paz mundial.
É a primeira vez na história em que se realiza uma meditação simultânea envolvendo todo o continente americano.
A Fundação Arte de Viver já realizou a maior meditação da história da humanidade no ano de 2006 em Bangalore, na Índia, que contou com 2,5 milhões de pessoas.
Numerosos estudos científicos já demonstraram que os efeitos da meditação interferem diretamente na redução do nível de delinqüência e violência na sociedade. O AMÉRICA MEDITA é uma proposta da Fundação Arte de Viver para reduzir a violência e construir uma sociedade livre de estresse, onde a Paz seja Contagiante.
Não é necessário qualquer conhecimento ou técnica de meditação para participar, basta se sentar e ser contagiado por essa atmosfera de paz e serenidade que irão contagiar todo o continente.

Faça parte desse evento histórico!

Dentre as cidades que irão meditar juntas estão:

Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, New York, Montreal, Montevidéo, Cidade do México, La Paz, Santiago de Chile, Salvador, Lima, Assunção, Quito, Caracas, Bogotá, Paramaribo, Georgetown, Santo Domingo, San Juan de Puerto Rico, San José de Costa Rica e Panamá.

Existem pesquisas que comprovam que a prática de Meditações em Grupo, não só beneficiam seus praticantes, mas também toda a área em sua volta. Há estudos que comprovam que a prática de meditação coletiva pode ajudar a reduzir em até 25% a violência naquela região, sem qualquer alteração na conjuntura econômica ou política.
Por que isso? Porque toda essa vibração de paz e serenidade que criamos dentro de nós não ficam só conosco, mas são irradiadas para todo o ambiente.
Em Sampa, a meditação será na Praça da Paz no Parque do Ibirapuera e no Rio de Janeiro na Praia do Arpoador. (Você também poderá meditar sem sair de casa...) Veja as fotos em anexo e imagine centenas de pessoas meditando ao pôr-do-sol.
Quanto mais pessoas participarem, mais forte será e maiores os benefícios, tanto para nós, quanto para a toda a cidade, todo o país e todo o continente! Por isso mesmo divulgue, chamando seus amigos.

Vamos todos contagiar e ser contagiados por essa atmosfera de Paz!

http://www.artedeviver.org.br

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O que é Meditação?

Mente sem agitação é meditação. Mente no momento presente é meditação. Mente que não tem hesitação, nem antecipação é meditação. A Mente que voltou para a fonte é meditação. Mente que se torna não-mente é meditação.
Quando você pode descansar? O descanso só é possível quando cessam todas as outras atividades. Quando você pára de se mexer, quando você pára de trabalhar, pensar, falar, ver, ouvir, cheirar, sentir gosto, quando todas estas atividades cessam, você descansa. Quando todas as atividades voluntárias são interrompidas, você consegue descansar ou dormir. No sono você é deixado apenas com atividades involuntárias como respirar, o batimento do coração, digestão de comida, circulação do sangue, etc. Mas isto não é descanso total. Quando a mente repousa, só então o descanso é completo, a meditação acontece.
O que significa foco? Estar preenchido no momento, estando centrado, olhando para o mais alto e permanecendo naquele espaço de paz, é foco. Ausência de paz significa ausência de foco. Quando você está em paz, o foco já está acontecendo. Da mesma forma, se você foca, você alcança a paz. Olhe para sua própria vida. Você fica infeliz quando não tem as coisas que você queria e também fica infeliz quando as tem! Por exemplo, se você tem dinheiro, existe preocupação. Você fica com medo ou preocupado com o que fazer com este dinheiro, se investi-lo ou não. Se você o investe você fica preocupado se está valorizando ou desvalorizando ou fica ansioso com a flutuação do mercado de ações. Se você não tem dinheiro, você também fica preocupado. Liberação é aquela liberdade total em que você não fica preocupado quando as coisas estão lá e também quando elas não estão lá.
A verdadeira liberdade é a liberdade do futuro e a liberdade do passado. Quando você não está feliz no momento presente, então você deseja um futuro brilhante. Desejo simplesmente significa que o momento presente não está certo. Isto traz tensão à mente. Todo desejo produz um estado febril. Neste estado, meditação está longe de acontecer. Você pode sentar com os olhos fechados mas os desejos continuam surgindo, pensamentos continuam vindo, você se ilude que está meditando, mas na verdade você está sonhando acordado!
Enquanto alguns desejos permanecerem em sua mente, você não consegue estar em repouso total. Krishna diz no Bhagavad-Gita, "Você não consegue estar em Yoga (união consigo mesmo) a não ser que você abandone os desejos ou anseios em você. Enquanto você estiver preso em algum planejamento, sua mente não descansará. Cada desejo ou ambição é como uma partícula de areia nos olhos! Você não consegue fechar ou manter os olhos abertos com uma partícula de areia dentro deles, de qualquer forma é desconfortável.
Desapaixonamento é remover esta partícula de areia do olho de maneira que você possa abri-lo ou fechá-lo livremente! A outra maneira é aumentar seu desejo ou torná-lo tão grande, daí ele também não vai lhe aborrecer. É uma partícula pequena que irrita seus olhos, uma pedra grande ou uma rocha jamais irá entrar em seus olhos!
Veja a partir da sua própria experiência. Se você for para a cama com alguma inquietação, agitação ou desejo, você não vai dormir profundamente. No nível superficial parece que já não estão lá há algum tempo, mas estes planos e ambições ainda estão na mente. Pessoas muito ambiciosas não conseguem ter um sono profundo porque a mente, lá dentro, não está livre. Quanto mais você está ansioso em fazer alguma coisa, mais difícil se torna para dormir. Antes de dormir, simplesmente deixe ir tudo, somente assim você conseguirá descansar. Por que não fazer isto a todo momento? Quando você se sentar para meditar, deixe ir tudo. A melhor maneira de fazer isto é sentir, "o mundo está desaparecendo ou dissolvendo... Eu estou morto!". A menos que você esteja morto, você não pode meditar! Para muitos, a mente não sossega mesmo após a morte. Sábios são aqueles que podem acalmar sua mente enquanto vivos!
Desejos surgem, ao invés de se segurar neles ou sonhar acordado, ofereça estes desejos; isto é meditação. Você não tem qualquer controle sobre seus desejos. Mesmo que você diga "Oh, desejo é a causa da miséria. Eu não deveria ter desejos, quando ficarei livre dos desejos?", isto é outro desejo! Então, à medida que aparecem, reconheça-os e deixe-os ir. Este processo é chamado "Sanyas".
Quando você oferece tudo o que aparece, à medida em que aparece em você, você permanece centrado e nada poderá sacudi-lo. De outra forma, pequenas coisas irão abalá-lo e deixá-lo triste e arrependido. Apenas algumas palavras aqui e ali podem deixá-lo triste. A vida ensina a você a arte de deixar ir em cada evento. Quanto mais que você tiver aprendido a deixar ir de forma alegre, mais livre você será. Quando você aprende a deixar ir, você se torna feliz e à medida que você começa a ser feliz, mais será dado a você. Enxergar os seus desejos e se dar conta de que eles são vãos ou que não são nada grande, isto é maturidade ou discriminação.
No que é que você pode se segurar? Você não pode nem mesmo se segurar eternamente em seu corpo! Por mais que você cuide dele, ainda assim, um dia ele dirá adeus a você! Sem qualquer aviso prévio você será forçadamente expulso deste mundo! Qualquer coisa que possa planejar, qualquer coisa que possa fazer, seu destino final é o túmulo! Você vive como um homem bom ou um homem mau, você chora ou ri, qualquer coisa que faça, todo mundo vai para o túmulo. Seja você um santo ou um pecador, você irá para o túmulo. Seja rico ou pobre, inteligente ou estúpido, você irá para o túmulo. Seja você amado ou odiado, você irá para o túmulo. Se você ama alguém ou odeia todo mundo, você irá para o túmulo. Pacientes morrem, médicos também morrem. Aquele que perdeu as guerras foi para o túmulo, assim como o que ganhou foi para o túmulo. Esta é a palavra final! Tenha a visão do final. Antes de o corpo deixá-lo, aprenda a deixar tudo. Isto é liberdade.
Com desapaixonamento, você pode aproveitar o mundo com liberdade e pode relaxar e se sentir aliviado de forma natural. Desapaixonamento pode trazer tanta alegria à sua vida. Não pense que desapaixonamento é um estado de apatia. Desapaixonamento é algo cheio de entusiasmo, traz toda a alegria à sua vida e permite que você descanse realmente.
Quando você sai de uma meditação profunda, você se torna muito mais dinâmico e poderá agir melhor. Quanto mais profundamente você for capaz de descansar, mais dinâmica será sua atividade. Mesmo que o descanso profundo e a atividade sejam valores opostos, eles são complementares.
O que você está procurando? Você procura alguma grande alegria? Você é alegria!
Vou lhe dar um exemplo. Você já viu cachorros mordendo ossos? Você sabe por que eles mordem ossos? Ficar mordendo aquele osso duro cria feridas no interior da boca do cachorro. O próprio sangue sai e o cachorro acha o osso muito saboroso! Depois de algum tempo sua boca está toda machucada. Pobre cachorro passou o tempo todo mastigando o osso sem tirar nada dele! Toda alegria que você experimenta na vida provém da profundidade de seu ser quando você abandona tudo no que está se segurando e se estabelece centrado naquele espaço, isto é meditação. Na realidade meditação não é um ato, é a arte de não fazer nada! O descanso na meditação é mais profundo do que o sono mais profundo que você possa ter, porque na meditação você transcende todos os desejos. Isto traz grande "frescor" ao cérebro. É como colocar em ordem, arrumar todo o complexo corpo-mente.
Meditação é abandonar a raiva do passado, os eventos do passado e todos os planos para o futuro. Ficar planejando constantemente impede que você mergulhe profundamente dentro de si mesmo. Meditação é aceitar o momento e viver todos os momentos de forma plena e profunda. Apenas este entendimento e alguns dias de prática de meditação podem mudar a qualidade de sua vida.
A melhor comparação dos três estados de consciência - acordado, dormindo e sonhando - é com a natureza. A natureza dorme, acorda e sonha! Isto acontece em uma escala magnífica na existência e acontece em uma escala diferente neste corpo. O estado de alerta e o sono são como a nascer do sol e a escuridão. O sonho é como o pôr do sol entre eles.
E meditação é como o vôo para o espaço, onde não há pôr do sol, nascer do sol, nada!

Sri Sri Ravi Shankar

05 outubro 2009

Relato emocionante: O Homem que plantava árvores.

A fabulosa história real do camponês Elzéard Bouffier, escrita com a simplicidade das coisas excepcionais, por
Jean Giono.

O escritor francês conta-nos uma esta deliciosa história em que um pastor solitário empreende uma nobre missão: a de plantar árvores numa zona praticamente desértica. Assista esse magnífico pequeno filme baseado na mesma obra de Jean Giono. Tal como o livro, o filme é uma preciosidade que é obrigatório ver. E se todos nós seguíssemos o exemplo de Elzéard Bouffier, o pastor, apicultor e ecologista e por todos mais conhecido como "O Homem que Plantava Árvores"?


(Não se esqueça de desligar o som do iPod ao pé da coluna ao lado.)




(Legendado em portugues)


Abaixo o texto completo:

Há cerca de 40 anos eu fiz uma longa excursão a pé por montanhas absolutamente desconhecidas por turistas naquela velha região onde os Alpes penetram na Provença.
Esta região é delimitada no sudeste pelo curso médio do Durance, entre Sisteron e Mirabeau, ao norte pelo curso superior do Drome, de sua nascente até o Die, a oeste pelos planos do Condado Venaissin e pelas beiradas do Monte Ventoux. Incluía toda a parte norte do departamento dos Alpes Baixos, o sul de Drome e um pequeno enclave do Vaucluse.
No momento em que iniciei minha longa jornada através desta região desértica, ela consistia em estéreis e monótonas terras, entre 1200 e 1300 metros acima do nível do mar. Nada crescia ali a não ser lavanda silvestre
Eu estava cruzando esta região na sua parte mais larga e depois de andar por três dias, eu me achei na mais completa desolação. Eu acampei perto do esqueleto de uma vila abandonada. Eu usara o resto da minha água no dia anterior e precisava achar mais. Apesar das casas estarem em ruínas e parecerem um velho ninho de vespas, pensei que deveria haver uma fonte ou um poço por lá. De fato, havia uma fonte, mas estava seca. As cinco ou seis casas sem telhado, carcomidas pelo sol e pelo vento, e a pequena capela com o campanário destruído, estavam arranjadas como as casas e capelas de aldeias vivas, mas toda a vida desaparecera.
Era um lindo dia de junho cheio de sol, mas nestas terras sem abrigo, o vento soprava com insuportável violência, rosnando nas carcaças das casas como um animal selvagem perturbado durante sua refeição
Eu precisava levantar meu acampamento. Depois de cinco horas andando, eu ainda não achara água e nada deu-me esperança de achá-la. Tudo era a mesma secura, a mesma vegetaçao lenhosa. Eu pensei ter visto a distância uma silhueta escura. Fui até lá. Era um pastor. Cerca de trinta ovelhas estavam descansando perto dele na terra seca.
Ele me deu de beber de seu cantil e um pouco depois ele me levou para sua cabana de pastor, numa ondulação do platô. Ele retirou sua água – de excelente qualidade – de um poço natural, muito profundo, onde ele instalara uma roldana rudimentar.
Este homem falava pouco. Isso é comum entre aqueles que vivem sozinhos, mas ele parecia seguro de si e confiava nessa segurança, o que era surpreendente naquela região árida.
Ele morava, não na cabana, mas numa casa real de pedras, pelo visto era claro que fora ele mesmo que restaurara as ruínas que ele achara quando chegou. Seu telhado era sólido e bem vedado. O vento soprava contra as telhas com o som do mar batendo na praia.
A casa estava em ordem, seus pratos estavam limpos, seu chão varrido, seu rifle lubrificado, sua sopa fervia no fogo, eu reparei então que ele estava recém-barbeado, que todos os seus botões eram solidamente costurados e que suas roupas estavam remendadas de tal modo que os remendos eram invisíveis.
Combinamos que eu passaria a noite lá, a vila mais próxima estava a mais de um dia e meio de distância. Além disso, eu percebi perfeitamente bem o caráter das vilas da região. Havia quatro ou cinco delas dispersas pelos flancos das montanhas, nos bosques de carvalhos brancos no fim das estradas passáveis por carruagens. Eram habitadas por lenhadores que faziam carvão. Eram lugares onde a vida era pobre. As famílias, que viviam juntas em cômodos pequenos num clima excessivamente duro, tanto no verão quanto no inverno, lutavam egoisticamente entre si.
Inimizade irracional cresce além dos limites, alimentada pela luta contínua para escapar daquele lugar. Os homens levam seu carvão às cidades em seus caminhões e então retornam. As qualidades mais sólidas quebram debaixo dessa perpétua ducha escocesa. As mulheres tornam-se amargas. Há competição acerca de tudo, da venda do carvão aos bancos da igreja. As virtudes lutam entre si, os vícios lutam entre si e há um combate incessante entre os vícios e as virtudes. Acima de tudo o vento igualmente incessante irrita os nervos. Há epidemias de suicídios e numerosos casos de insanidade, quase sempre assassinos.
O pastor, que não fumava, tirou pegou um saco e espalhou sobre a mesa uma porção de frutos de carvalho. Ele começou a examiná-los um por um com grande atenção, separando os bons dos ruins. Eu fumava meu cachimbo. Eu me ofereci para ajudá-lo, mas ele me disse que que aquilo era função dele. De fato, vendo o cuidado com que ele devotava a este trabalho, eu não insisti. Esta foi toda a nossa conversa. Quando ele tinha um pilha de frutos bons, ele os contou em grupos de dez. Enquanto fazia isso ele eliminava alguns, desprezando os menores ou os que tinham rachaduras, pois ele os examinava bem de perto. Quando ele teve diante dele cem frutos de carvalho perfeitos ele parou e fomos dormir.
A companhia deste homem trouxe-me uma sensação de paz. Eu perguntei-lhe na manha seguinte se eu podia ficar e descansar o dia inteiro com ele. Ele achou aquilo perfeitamente natural. Ou, mais exatamente, ele me deu a impressão de que nada podia perturbá-lo. Este descanso não era absolutamente necessário para mim, mas eu fiquei intrigado e queria saber mais a respeito daquele homem. Ele tirou as ovelhas do aprisco e levou-as ao pasto. Antes de partir ele molhou num balde d'água o saquinho que continha os frutos de carvalho que ele tão cuidadosamente havia escolhido e contado.
Eu notei que ele carregava como uma espécie de cajado uma barra de ferro de um metro e meio de comprimento e a espessura de seu polegar.
Eu andei como se estivesse passeando, seguindo uma rota paralela a sua. Suas ovelhas pastavam no fundo de um vale. Ele deixou seu rebanho aos cuidados de seu cachorro e subiu até o ponto onde eu estava. Eu fiquei temeroso de que ele viesse para me repreender por indiscrição, mas nao: era sua própria rota e ele me convidou para acompanhá-lo, se eu não tivesse nada melhor para fazer. Ele continuou subindo por duzentos metros.
Tendo chegado ao local destinado, ele começou a cavar a terra com o cajado de ferro, fazendo um buraco onde ele punha um fruto de carvalho, cobrindo o buraco depois. Ele estava plantando carvalhos. Eu lhe perguntei se aquela terra pertencia a ele. Ele disse que não. Ele sabia a quem aquelas terras pertenciam? Ele não sabia. Ele supunha que era terra comunal, ou talvez pertencesse a alguém que não se importava com ela. Ele mesmo não se importava em conhecer quem era o proprietário. Deste modo ele plantou seus cem frutos com todo o cuidado.
Depois do almoço ele começou a separar seus frutos de novo. Eu devo ter insistido o suficiente em minhas perguntas porque ele as respondeu. Há três anos ele plantava árvores deste modo solitário. Ele havia plantado cem mil. Destes cem mil, vinte mil nasceram. Ele contava em perder metade destas para os roedores ou para qualquer outra coisa imprevisível nos desígnios da Providência. Então sobrariam dez mil carvalhos que cresceriam onde antes não havia nada.
Neste momento eu comecei a imaginar qual seria sua idade. Claramente passara dos cinquenta anos. Cinquenta e cinco ele, ele me disse. Seu nome era Elzeard Bouffier. Ele tivera uma fazenda nas planícies onde vivera a maior parte de sua vida. Ele perdera seu único filho, e depois sua esposa. Ele retirou-se à solidão, onde ele se comprazia numa vida sossegada, com seu rebanho de ovelhas e seu cachorro. Ele concluíra que aquela terra estava morrendo por falta de árvores e acrescentou que, não tendo nada mais importante para fazer, ele decidira remediar aquela situação.
Levando como eu naquele tempo uma vida solitária a despeito da minha juventude, eu sabia como tratar pessoas solitárias com delicadeza. Ainda assim, eu cometi um erro. Era precisamente a minha juventude que me forçara a imaginar o futuro em meus próprios termos, incluindo uma certa busca por felicidade. Eu disse a ele que em trinta anos aqueles dez mil carvalhos seriam magníficos. Ele me respondeu muito simplesmente que, se Deus lhe desse vida, em trinta anos ele plantaria muito mais árvores do que aqueles dez mil carvalhos, de modo que eles pareceriam uma gota no oceano.
Ele também começara a estudar a propagação de faias e tinha perto de sua casa um viveiro cheio de mudas crescidas. Seus pequenos protegidos, que ele mantinha longe das ovelhas com uma cerca de arame, cresciam belas. Ele também considerara plantar bétulas nos fundos do vale onde, ele me disse, havia umidade a apenas alguns metros debaixo da superfície do solo.
Nós nos despedimos no dia seguinte.
No ano seguinte estourou a Guerra de 1914, no qual engajei-me por cinco anos. Um soldado de infantaria dificilmente pensaria em árvores. Para falar a verdade, o negócio todo não me impressionou muito. Eu o considerei como um hobby, como coleção de selos e eu o esqueci.
Quando a Guerra acabou, eu ganhei um pequeno bônus de desmobilização e um grande desejo de respirar um pouco de ar puro. Sem nenhuma preocupação além disso, eu voltei para aquelas terras desertas.
A terra não mudara. Entretanto, além daquela aldeia morta eu percebi a distancia uma certa névoa cinzenta que cobria os morros como um carpete. Desde o dia anterior eu pensava no pastor que plantava árvores. Dez mil carvalhos, eu disse para mim mesmo, devem ocupar bastante espaço.
Eu vira tanta gente morrer durante aqueles cinco anos que não seria difícil imaginar a morte de Elzeard Bouffier, principalmente porque um homem de vinte anos pensa que um homem de cinquenta é velho o suficiente para morrer. Ele não estava morto. De fato, estava bem vigoroso. Ele mudara de emprego. Agora ele só tinha quatro ovelhas, mas em compensação, ele agora tinha cerca de cem colméias. Ele se livrara das ovelhas porque elas ameaçavam suas árvores. Ele me disse (como eu podia ver por mim mesmo) que a Guerra não o perturbara. Ele continuava imperturbável em seu plantio.
Os carvalhos de 1910 agora tinham dez anos e estavam mais altas do que eu e ele. O espetáculo era impressionante. Eu fiquei literalmente sem voz e ele mesmo não falava, nós passamos o dia inteiro em silêncio, andando através da floresta, que tinha três seções, onze quilômetros de comprimento e na sua parte mais larga, três quilometros de largura. Quando eu pensei que tudo aquilo nascera das mãos e da alma daquele único homem – sem auxílio técnico, entendi que homens podiam ser tão eficazes quanto Deus em domínios que não fossem a destruição.
Ele havia seguido a sua idéia e as faias que alcançavam os meus ombros e se estendiam até onde onde a vista alcançava eram prova disso. Os carvalhos agoram estavam largos e passaram da idade em que estariam a mercê dos roedores. Quanto aos desígnios da Providência, para destruir o trabalho que fora criado, precisaria agora de um ciclone. Ele mostrou-me admiráveis bosques de bétulas que datavam de cinco anos atrás, isto é de 1915, quando eu estava lutando em Verdum. Ele as tinha plantado nos vales onde ele suspeitara, corretamente que havia água perto da superfície. Elas eram tenras como moças e muito determinadas.
Esta criação parecia, alias, de funcionar numa reação em cadeia. Ele não se preocupava com isso, ele continuava obstinadamente em sua simples tarefa. Mas, voltando a aldeia eu vi água correndo em riachos que, até onde era possível lembrar, sempre foram secos.
Este foi o mais impressionante renascimento que ele me mostrara. Estes riachos tiveram água antes, em dias antigos. Certo de que as tristes aldeias das quais falei no início de meu relato foram construidas no lugar de antigas cidades Gálico-romanas, onde ainda há vestígios, escavações de arqueólogos acharam anzois em locais onde em tempos mais recentes cisternas eram necessarias para se ter um pouco de água
O vento também trabalhara, dispersando certas sementes. A medida que a água reaparecia, assim também os salgueiros, os vimes, os campos, os jardins, as flores e uma certa razão de viver.
Mas a transformação acontecera tão lentamente que as pessoas se acostumaram a ela, não provocou nenhuma surpresa. Os caçadores que subiam os montes em busca de lebres ou javalis perceberam o aparecimento de pequenas árvores, mas atribuiram-no a ação natural da terra. Este é o porque de ninguém ter tocado no trabalho deste homem. Se eles tivessem suspeitado dele, eles teriam tentado frustra-lo. Mas ele nunca esteve sob suspeita: Quem entre os aldeões ou os administradores suspeitariam que alguém pudesse mostrar tal obstinação em cumprir este magnífico ato de generosidade?
De 1920 em diante eu nunca deixei passar um ano sem que eu visitasse Elzeard Bouffier. Eu nunca o vi desanimar ou hesitar, ainda que o próprio Deus pudesse dizer o quanto Sua mão contribuiu para isso! Não falei nada a respeito de seus dissabores, mas você pode facilmente imaginar que para conquistar tais êxitos, era necessário conquistar a adversidade, que, para assegurar a vitória de tal paixão, era necessário lutar contra o desespero. Num ano ele plantara dez mil plátanos. Todos eles morreram. No ano seguinte, ele desistiu dos plátanos e voltou para as faias, que davam mais certo do que os carvalhos.
Para se ter uma idéia verdadeira desta figura extraordinária, não se pode esquecer que ele trabalhava em total solitude, tão total que, a caminho do fim de sua vida, ele perdeu o hábito de falar. Ou talvez ele simplesmente não visse a necessidade disso.
Em 1933 ele recebeu a visita de um espantado guarda florestal. Este funcionário ordenara-lhe cessar as fogueiras ao ar livre, com medo que ameaçassem esta "floresta natural". Era a primeira vez, este homem ingênio dissera – que a floresta crescera inteiramente por ela mesma. Na época deste incidente, ele estava pensando em plantar faias num ponto doze quilometros além de sua casa. Para evitar as idas e vindas – porque naquele tempo ele tinha setenta e cinco anos – ele planejara construir uma cabana de pedras onde ele estava fazendo seu plantio. Ele fez isso no ano seguinte.
Em 1935, uma verdadeira delegação administrativa foi examiner esta "floresta natural". Estavam presentes um alto funcionário do Departamento de Aguas e Florestas, um deputado e alguns técnicos. Foram ditas muitas palavras inúteis. Foi decidido fazer algo, mas por sorte, nada foi feito, exceto por algo realmente útil: colocar a floresta debaixo da proteção do Estado e proibir qualquer um de fazer carvão. Porque era impossível não ser tomado pela beleza daquelas árvores jovens cheias de saúde. E a floresta exerceu seu poder sedutor até mesmo sobre o deputado.
Eu tive um amigo entre os chefes que estiveram na delegação. Eu expliquei o mistério para ele. Na semana seguinte fomos juntos procurar Elzeard Bouffier. Nós o achamos no trabalho duro, vinte quilometros além do lugar onde a inspeção fora feita.
Este guarda florestal não era meu amigo por nada. Ele compreendia o valor das coisas. Ele soube se manter calado. Eu lhe ofereci alguns ovos que eu trouxera comigo com um presente. Repartimos o lanche entre nós três e então passamos várias horas em muda contemplação da paisagem.
As colinas de onde nós viemos estavam cobertas com árvores de seis ou sete metros de altura. Eu me lembrava do aspecto do lugar em 1913: era um deserto. O trabalho calmo e regular, o ar puro das montanhas, sua frugalidade e, acima de tudo, a serenidade de sua alma deram ao velho uma boa saúde. Ele era um atleta de Deus. Eu perguntei a mim mesmo quantos hectares ele já tinha coberto de árvores.
Antes de ir embora, meu amigo fez uma simples sugestão a respeito de certas espécies de árvores que combinavam mais com aquela terra. Ele não foi muito insistente. – Por uma boa razão, ele me disse depois – aquele sujeito sabe muito mais sobre árvores do que eu. Depois de outra hora de caminhada, este pensamento tendo viajado junto com ele, ele adicionou – Ele conhece muito mais acerca deste assunto do que qualquer pessoa. – e ele achou uma boa forma de ser feliz!
Foi graças aos esforços deste guarda florestal que a floresta foi preservada e com isso a felicidade daquele homem. Ele designou três guardas florestais para a preservação e os aterrorizou tanto que eles se mantiveram indiferentes às garrafas de vinho que os lenhadores poderiam oferecer-lhes como propina.
A floresta não correu nenhum grave risco exceto durante a Guerra de 1939. Então automóveis moviam-se com álcool de madeira, e não havia madeira suficiente. Eles começaram a cortar alguns carvalhos de 1910, mas as árvores ficavam tão longe das estradas que o empreendimento mostrou-se financeiramente ruim e foi logo abandonado. O pastor nunca soube disso. Ele estava a trinta quilometros de lá, tranquilamente continuando sua tarefa, imperturbável pela Guerra de 1939 como ele fora com a Guerra de 1914.
Eu vi Elzeard Bouffier pela última vez em junho de 1945. Ele estava com oitenta e sete anos então. Eu mais uma vez fiz meu caminho pelo deserto, apenas para ver que, a despeito da devastação que a Guerra fizera ao país, agora havia um ônibus rodando entre o vale de Durance e a montanha. Eu atribui a este relativamente rápido meio de transporte o fato de não reconhecer mais os lugares que eu conhecera nas minhas visitas anteriores. Parecia-me que a rota estava me levando para lugares inteiramente novos. Eu tive que perguntar o nome da aldeia para me certificar que eu estava de fato passando através daquela mesma região, antes tão arruinada e desolada. O ônibus deixou-me em Vergons. Em 1913 esse ajuntamento de dez ou doze casas tinha três habitants. Eles eram selvagens, odiando-se mutuamente e ganhando seu sustento caçando com armadilhas. Física e moralmente, eles se pareciam com homens pré-históricos. Ao redor, as urtigas devoravam as casas. Suas vidas eram sem esperança, era apenas questão de esperar a morte chegar… uma situação que dificilmente predispõe alguém a virtude.
Tudo mudara, até o ar. No lugar do vento seco e violento que me cumprimentara tempos atrás, uma brisa gentil sussurrava para mim, trazendo doces aromas. Um som como de água corrente veio das Alturas: era o som do vento nas árvores. E o mais espantoso de tudo, eu ouvi o som de água jorrando num lago. Eu vi que eles construíram uma fonte, que estava cheia de água, e o que mais me tocou, que perto dela eles haviam plantado uma tília que deveria ter pelo menos quatro anos, já frondosa, um símbolo incontestável de ressurreição.
Além disso, Vergons mostrava os sinais de trabalhos para os quais esperança é necessária. A esperança voltara, portanto. Eles limparam as ruínas, derrubaram os muros quebrados, e reconstruíram cinco casas. O povoado agora contava com vinte e oito habitantes, incluindo quatro jovens famílias. As casas novas, recém-caiadas, tinham em volta jardins onde cresciam verduras e flores, repolhos e roseiras, alho-poró e boca de leão, aipo e anemonas. Era agora um lugar onde qualquer pessoa ficaria feliz em viver.
De lá eu continuei a pé. A Guerra em que nós mal tínhamos emergido não permitia que a vida desabrochasse completamente, mas agora Lázaro já saíra do túmulo. Na parte mais baixa da montanha eu vi campos de cevada e centeio, no fundo dos vales estreitos, campos cobriam-se de verde.
De oito anos para cá a terra ao redor desabrochou com esplendor. No lugar das ruínas que eu vira em 1913 agora há fazendas bem cuidadas, o sinal de uma vida confortável e feliz. As velhas fontes, nutridas pela chuva e pela neve que agora são retidas pelas florestas, mais uma vez começaram a correr. As águas foram canalizadas. Perto de cada fazenda, entre bosques de plátanos, os lagos das fontes são margeadas por carpetes de menta fresca. Pouco a pouco, as aldeias têm sido reconstruídas. Jovens vieram das planícies, onde a terra é cara, trazendo com eles juventude, movimento e espírito de aventura. Andando pelas estradas você encontrará homens e mulheres saudáveis e meninos e meninas que saber como rir, e que reconquistaram o gosto pelas tradicionais festas do campo. Contando com a antiga população da area, agora irreconhecível pela vida farta e pelos recém-chegados, mais de dez mil pessoas devem sua felicidade a Elzeard Bouffier.
Quando eu penso que um único homem, confiando apenas em seus próprios recursos físicos e morais, foi capaz de transformar um deserto nesta terra de Canaã, eu estou convencido que a despeito de tudo, a condição humana é verdadeiramente admirável. Mas quando eu levo em conta a constância, a grandeza da alma, e a dedicação desprendida necessária para trazer esta transformação, eu sou tomado de um imenso respeito por este camponês velho e inculto que soube como realizar esta obra digna de Deus.
Elzeard Bouffier morreu tranquilamente em 1947 no asilo de Banon.